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segunda-feira, 27 de agosto de 2012

TENDÊNCIAS DEMONÍACAS NOS TEMPOS FINAIS

Tendências demoníacas nos tempos finais

Representantes empedernidos da evolução não querem aceitar a existência do Criador. Eles argumentam: “Mesmo que não haja provas para a teoria da evolução, não vamos crer na criação através de Deus”.

Li em um livro:

Os cientistas do painel da ONU sobre o clima advertiram: se não forem tomadas medidas drásticas, a humanidade estará sujeita a uma catástrofe climática... Há mais de 2000 anos, os autores bíblicos já previram catástrofes climáticas. Jesus Cristo também falou de alterações ameaçadoras em nosso sistema solar, de inundações e de abalos das forças da natureza. Na expectativa dessas coisas, os povos ficarão paralizados de medo, enquanto os líderes não saberão o que fazer. Jesus disse que o mundo em que vivemos passará. Mas a Sua Palavra permanecerá.

Isso significa que a Palavra de Deus se cumprirá. Das milhares de promessas de Deus, nenhuma ficará sem se realizar. Podemos confiar nisso inteiramente... Deus nos exorta a crermos na Sua Palavra e a obedecer-Lhe. Essa fé não é a crença em uma programa ou em um sistema, mas em uma Pessoa: Jesus Cristo, pois Ele é Deus. Ele tem a última palavra.[1]

O Deus evolucionista

Quanto mais avança o tempo, tanto menos acredita-se na veracidade da Palavra de Deus. Discussões acaloradas e campanhas pró-evolução e contra a criação dominam a mídia. Mesmo no meio cristão, a evolução é cada vez mais integrada à teologia. Argumenta-se que ambas podem ser maravilhosamente conciliadas: Deus teria criado através da evolução.

O relato seguinte mostra quanto já se alastrou o pânico por causa da poluição de um mundo que teria surgido através da evolução:


Uma vaca leiteira seria praticamente tão prejudicial ao clima quanto um automóvel de pequeno porte que roda 18.000 quilômetros por ano.
Os ecologistas exigiram uma maior contribuição dos agricultores para a proteção do meio ambiente. Segundo eles, a agricultura e a pecuária na Alemanha estariam produzindo até 11% dos gases causadores do efeito estufa... conforme um estudo publicado pelo WWF (World Wildlife Fund – Fundo Mundial da Vida Selvagem). Os gases provenientes da digestão por parte de uma única vaca leiteira seriam praticamente tão prejudiciais ao clima quanto os de um automóvel de pequeno porte que roda 18.000 quilômetros por ano. Por isso, o WWF exige um “imposto de emissão” para os agricultores... Os consumidores também deveriam prestar mais atenção ao equilíbrio ecológico da sua alimentação, afirmou Tanja Dräger de Teran, especialista agrária do WWF. Suas dicas: usar mais produtos regionais e ecológicos, consumir menos carne e menos arroz. Segundo ela, a produção de arroz em campos irrigados representa um grave problema climático em todo o mundo. A especialista enfatizou que a agricultura ecológica, por usar menos energia, também produz menos gases causadores do efeito estufa. Por isso, seria necessário estimular cada vez mais a agricultura ecologicamente correta.[2]

O jornalista alemão Peter Scholl-Latour disse recentemente que o atual ateísmo transformou-se, na realidade, em uma nova religião. Trata-se do afastamento de todos os valores bíblicos anteriormente aceitos nos países cristãos. Essa apostasia é freqüentemente citada na Bíblia. Entretanto, a pouca sustentação do ateísmo, que desaba facilmente como um castelo de cartas, foi bem descrita em uma frase de Robert Lembke: “Durante fortes turbulências, não há ateus nos aviões”.[3]

Os criacionistas, normalmente cristãos, são cada vez mais rejeitados. Os evolucionistas e ateus, entretanto, por terem criado um outro “deus”, recebem sempre mais espaço para espalharem suas divagações entre o grande público. Os ateus estão em alta. Por exemplo, o livro Deus – Um Delírio, de Richard Dawkins, tornou-se um best-seller.

A ira de Deus desde o céu


Pachacuti, o grande rei dos incas, mesmo sem acesso à Bíblia, chegou à conclusão de que, até então, tinha adorado apenas um elemento da criação, o Sol, e não o próprio Criador.
Desse modo, conforme a Bíblia, encontramo-nos em meio aos tempos finais: o afastamento de todos os valores bíblicos anteriormente aceitos. A respeito, a Escritura diz: “A ira de Deus se revela do céu contra toda impiedade e perversão dos homens que detêm a verdade pela injustiça; porquanto o que de Deus se pode conhecer é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou. Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas. Tais homens são, por isso, indesculpáveis; porquanto, tendo conhecimento de Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, se tornaram nulos em seus próprios raciocínios, obscurecendo-se-lhes o coração insensato. Inculcando-se por sábios, tornaram-se loucos e mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, bem como de aves, quadrúpedes e répteis... pois eles mudaram a verdade de Deus em mentira, adorando e servindo a criatura em lugar do Criador, o qual é bendito eternamente. Amém!” (Romanos 1.18-23,25).

Quais são os detalhes que essa passagem bíblica esclarece?

1. Que Deus é o Criador e, como tal, pode ser claramente reconhecido. Foi o que percebeu um rei inca, sobre o qual li:

O rei Pacachuti (1431-1471 d.C.) levou o império dos incas ao auge. Mesmo sem acesso à Bíblia, ele chegou à conclusão de que, até então, tinha adorado apenas um elemento da criação, o Sol, e não o próprio Criador.

Em primeiro lugar, ele observou que Inti (o Sol), seu deus, fazia diariamente a mesma coisa. Portanto, a vida dele mesmo era mais interessante do que a do seu deus. Em segundo lugar, ele se admirou que uma pequena nuvem podia encobrir a visão do seu deus. Em terceiro lugar, ele se perguntou: quem terá criado o Sol? Assim, ele pequisou os escritos de seus antepassados. E, eis que, tinha havido um tempo em que seu povo havia adorado o Criador de todas as coisas, o verdadeiro Deus. Desse modo, ele procurou e encontrou o Deus que é muito maior que qualquer elemento da criação. Então, o rei ordenou ao seu povo que não adorasse mais o Sol, mas Aquele que tinha criado o Sol.[4]

O conhecido poeta alemão Matthias Claudius (1740-1815) afirmou: “Certamente a primavera é uma clara revelação de Deus e da Sua bondade, pois, o que nos toca de tal maneira o coração, deve proceder do coração de alguém”.

2. A ira de Deus atinge o mundo numa época em que a criação foi elevada como divindade e a evolução foi aceita quase sem restrições. Esse é exatamente o nosso tempo! Uma tradução alemã de Romanos 1.25 diz: “eles trocaram o verdadeiro Deus por um emaranhado de mentiras, e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente. Amém!”.

3. A impiedade e a injustiça da humanidade nos tempos finais se revela menos através das atrocidades cometidas, mas principalmente pela mentira que bloqueia a verdade. Trata-se de um tempo em que se nega conscientemente a criação evidente por parte de Deus e se coloca a criatura acima do Criador. As barbaridades de nossos dias têm sua origem na impiedade e na injustiça e são conseqüências delas. É o que vemos, por exemplo, nas pesquisas com embriões, no homossexualismo, nos delírios mentirosos do esoterismo, da feitiçaria moderna, etc. A Bíblia descreve essas abominações com as seguintes palavras: “E, por haverem desprezado o conhecimento de Deus, o próprio Deus os entregou a uma disposição mental reprovável, para praticarem coisas inconvenientes, cheios de toda injustiça, malícia, avareza e maldade; possuídos de inveja, homicídio, contenda, dolo e malignidade; sendo difamadores, caluniadores, aborrecidos de Deus, insolentes, soberbos, presunçosos, inventores de males, desobedientes aos pais, insensatos, pérfidos, sem afeição natural e sem misericórdia. Ora, conhecendo eles a sentença de Deus, de que são passíveis de morte os que tais coisas praticam, não somente as fazem, mas também aprovam os que assim procedem” (Romanos 1.28-32).


Se não existe Deus e Criador, mas apenas a evolução, o homem não é responsável diante de ninguém, o que leva à degeneração radical.
O evolucionismo conduz aos atos mais abomináveis. Li, por exemplo:

Desde o início de 2007 é permitida na Grã-Bretanha a formação de embriões mistos com células humanas e de animais. Agora, os pesquisadores poderão inserir DNA humano em um óvulo de suínos ou de gado, do qual tenha sido retirado antes o código genético original”.[3]

Se não existe Deus e Criador, mas apenas a evolução, o homem não é responsável diante de ninguém, o que leva à degeneração radical. Nessa situação, toda moral será logo lançada fora, para que o barco siga seu rumo.

4. Nos tempos finais, a ira de Deus atingirá a terra a partir do céu. Com isso, chegamos aos juízos que são descritos no Apocalipse. Tudo indica que o Espírito Santo relacionou o texto de Romanos 1.18 ao Apocalipse, ou seja, aos acontecimentos dos tempos finais. Certamente não é por acaso que no Apocalipse Deus é exaltado e louvado como Criador do mesmo modo como na Epístola aos Romanos: “dizendo, em grande voz: Temei a Deus e dai-lhe glória, pois é chegada a hora do seu juízo; e adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas” (Apocalipse 14.7). “Os outros homens, aqueles que não foram mortos por esses flagelos, não se arrependeram das obras das suas mãos, deixando de adorar os demônios e os ídolos de ouro, de prata, de cobre, de pedra e de pau, que nem podem ver, nem ouvir, nem andar; nem ainda se arrependeram dos seus assassínios, nem das suas feitiçarias, nem da sua prostituição, nem dos seus furtos” (Apocalipse 9.20-21). Nesses dois versículos há duas referências à falta de arrependimento:


Os dados sobre as bolsas enchem a mídia e são o tema principal de todas as conversas.
a) Os homens não se arrependeram da falsa adoração, atrás da qual estão os demônios (v. 20). Os demônios têm por objetivo afastar os homens de Deus e oferecer-lhes alternativas, por exemplo, a adoração da matéria (evolução): Romanos 1 ensina que a ira de Deus virá sobre os homens porque eles adorarão a criatura no lugar do Criador. Na evolução, a criatura é exaltada como deus-criador. Portanto, a matéria é mais honrada que seu Criador. Por exemplo, lemos constantemente na mídia que “a evolução criou algo maravilhoso”. Atrás disso há claras influências demoníacas. A teoria da evolução, que se tornou popular e tem aceitação praticamente geral, leva ao afastamento radical de Deus, o que, por sua vez, provoca a ira de Deus do céu. No Apocalipse, essa ira de Deus a ser derramada sobre a humanidade é descrita com maiores detalhes. Confirma-se que Deus envia esses juízos porque a matéria é considerada mais elevada que seu Criador. Por isso, os homens daquele tempo são seriamente exortados a temer a Deus e a dar-Lhe glória: “Vi outro anjo voando pelo meio do céu, tendo um evangelho eterno para pregar aos que se assentam sobre a terra, e a cada nação, e tribo, e língua, e povo, dizendo, em grande voz: Temei a Deus e dai-lhe glória, pois é chegada a hora do seu juízo; e adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas” (Apocalipse 14.6-7). Em minha opinião, “...é chegada a hora do seu juízo”, não significa que o juízo se dará apenas naquele momento, mas que a afirmação se refere a todo o Apocalipse. O “evangelho eterno” anuncia a Deus como o Criador, o que pode ser lido do início ao fim da Bíblia. Tudo foi criado por Ele! Pelo fato da humanidade não o crer mais, ela será julgada e exortada a retornar a essa verdade. Os homens, porém, não estão dispostos a desmanchar sua estrutura de teorias e a dar honra a Deus, razão porque não se arrependem.

As palavras “...das obras das suas mãos”, referem-se ao materialismo, relacionadas com ídolos de ouro, de prata, de cobre, de pedra e de pau. Todas essas são coisas que Deus criou, mas os homens as utilizam mal, com objetivos egoístas, para se engrandecerem e para adorá-las.

Aplicando essas afirmações ao nosso tempo, elas significam que o homem confia mais em segurança passageira do que em Jesus Cristo e Sua Palavra infalível, ou seja, nas promessas de Deus. Quando o homem transforma seguranças terrenas em sua base de confiança e se apóia nelas, ele as transforma em seu deus. O materialismo transformou-se em “deus” no nosso mundo e muitos não conseguem controlar essa situação em suas vidas. Mesmo pessoas renascidas ainda podem ser gananciosas ou avarentas, razão porque a Epístola aos Colossenses exorta a deixar essa idolatria: “Fazei, pois, morrer a vossa natureza terrena: prostituição, impureza, paixão lasciva, desejo maligno e a avareza, que é idolatria” (Colossenses 3.5).

Qual é a situação atual? As empresas de seguros e os bancos registram um crescimento imenso. Imóveis e bens dominam a sociedade, os dados sobre as bolsas enchem a mídia e são o tema principal de todas as conversas. O luxo torna-se o fator mais importante da vida. A exigência do momento é viver e trabalhar para obter lucro.

O Diabo quis até induzir Jesus, o Filho do Deus vivo, a colocar os valores materiais acima do Seu Pai celestial, para obter adoração para si mesmo: “E, elevando-o, mostrou-lhe, num momento, todos os reinos do mundo. Disse-lhe o diabo: Dar-te-ei toda esta autoridade e a glória destes reinos, porque ela me foi entregue, e a dou a quem eu quiser. Portanto, se prostrado me adorares, toda será tua” (Lucas 4.5-7).

O dinheiro (materialismo) tem um poder terrível e pode ocupar rapidamente o lugar de Deus. Como podemos verificar se nos tornamos escravos do dinheiro? Fazendo-nos as seguintes perguntas:

Quantas vezes fico pensando em dinheiro?
Até onde vão minhas preocupações financeiras e quanto sou dominado por elas?
O que deixo de fazer e o que faço apenas para ganhar dinheiro?
Quais são minhas prioridades?
Quanto tempo invisto em bens, compras, e pesquisas de preços?
Quão fácil ou quão difícil é para mim me desfazer de bens?
Estou disposto a contrair dívidas para satisfazer rapidamente algum desejo?

O dinheiro (materialismo) tem um poder terrível e pode ocupar rapidamente o lugar de Deus.
b) Os homens não se arrependeram do seu comportamento imoral: “nem ainda se arrependeram dos seus assassínios, nem das suas feitiçarias, nem da sua prostituição, nem dos seus furtos” (Apocalipse 9.21). Isso engloba: violentações, logros, homicídios, vida desregrada, viver junto sem que se seja casado, relações sexuais antes do casamento, divórcios, homossexualismo, etc. Isso tudo tornou-se comum para a maioria das pessoas, pois passou a fazer parte da nossa cultura.

Vemos pelos juízos futuros, que serão ainda muito mais violentos do que as atuais inundações, tempestades, erupções vulcânicas, etc., que a Palavra de Deus continua plenamente válida e que Seus juízos não são orientados por normas sociais, mas pela Sua Palavra revelada. Freqüentemente os cristãos são considerados atualmente como atrasados e desatualizados. Em breve, porém, se mostrará que a Palavra de Deus, que eles pregaram e na qual creram, é extremamente moderna!

A palavra “feitiçarias” foi traduzida do grego pharmakon (fármacos). Na Antiguidade, ela era usada freqüentemente para descrever drogas usadas para alcançar experiências religiosas ou para realizar rituais e cerimônias ocultistas. Nessa categoria se enquadram também as seitas orientais, o esoterismo, a yoga, a meditação transcendental, o xamanismo e os “deuses”, como o Dalai Lama.

Hoje em dia essas coisas são praticadas, principalmente e de forma crescente nos países de tradição cristã, razão porque podemos considerar que a ira de Deus se derramará sobre eles de modo especial.

Não é de admirar que a Bíblia prediz a adoração de deuses e ídolos e suas doutrinas para os tempos finais, que influenciarão cada vez mais o comportamento da sociedade? Será que essas coisas não caberiam melhor na escuridão da Idade Média? Não, as afirmações da Palavra de Deus são muito modernas, extremamente atuais. Nas últimas décadas, nosso mundo voltou-se para uma idolatria moderna.

É notável que os princípios dessa idolatria moderna coincidiram com o tempo da retomada de Jerusalém por parte de Israel (1967). Desse modo, temos um forte sinal da aproximação do fim da era das nações (Lucas 21.24). Por isso, não é de admirar que os fenômenos dos tempos finais começaram justamente naquele tempo e avançam fortemente até hoje. A respeito, alguns dados básicos:

Em 1966 foi fundada a Sociedade Internacional Para a Consciência de Krishna (Hare-Krishna).
Em 1966 surgiu a primeira igreja satânica na Califórnia.
Em 1966 começou a revolução sexual.
Em 1966 foi lançada a série de TV “Enterprise”, que contribuiu para aumentar o interesse pelo encontro com extraterrenos (espíritos).
Em 1966 foi iniciada a Revolução Cultural chinesa.
Em 1967 começou a onda das drogas.
Em 1967 começou a onda ocultista.
Em 1967 espalhou-se a onda da dinâmica de grupo.
Em 1968 foi gravado o filme ocultista “O Bebê de Rosemary‘.
Em 1968 irrompeu o movimento dos hippies, relacionado com experiências de expansão da consciência, baseadas nos conhecimentos dos nativos mexicanos.
Em 1968 irromperam as manifestações estudantis, a liberdade sexual e o neomarxismo.
Em 1968 foi fundada a NARAL, entidade de luta pela legalização do aborto nos EUA.
Em 1968 ocorreu a mudança do propósito de realização de Cristo na vida para a auto-realização.
Em 1969 começou o lobby homossexual nos EUA com o “Christopher Street Day”.
Em 1969 foi iniciado o movimento feminista em Berlim.[5]

Na categoria de “feitiçarias” se enquadram também as seitas orientais, o esoterismo, a yoga, a meditação transcendental, o xamanismo.
Lemos em Apocalipse 10.5-7: “Então, o anjo que vi em pé sobre o mar e sobre a terra levantou a mão direita para o céu e jurou por aquele que vive pelos séculos dos séculos, o mesmo que criou o céu, a terra, o mar e tudo quanto neles existe: Já não haverá demora, mas, nos dias da voz do sétimo anjo, quando ele estiver para tocar a trombeta, cumprir-se-á, então, o mistério de Deus, segundo ele anunciou aos seus servos, os profetas”. Essa passagem pretende nos mostrar que Deus é tanto o Criador quanto o dono do mar, da terra e do céu. Apesar dos homens, em sua loucura, adorarem a matéria, não receberão ajuda dela – como era de se esperar: “e disseram aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós e escondei-nos da face daquele que se assenta no trono e da ira do Cordeiro, porque chegou o grande Dia da ira deles; e quem é que pode suster-se?” (Apocalipse 6.16-17).

Deus – no final dos tempos

Se, além do seu significado literal, aplicássemos esses dois versículos aos nossos dias, de forma espiritualizada, poderíamos comparar esses “montes e rochedos” com o ex-vice-presidente americano Al Gore, que recentemente recebeu o prêmio Nobel da Paz pelos seus esforços em favor da preservação do meio ambiente:

“Paz, com a mãe-terra!”, ele exclama. “Arrependam-se!”, é a sua mensagem. Ele quer salvar a humanidade como um todo e acentua que o mundo está ameaçado de sofrer um “holocausto ecológico” e que as mudanças climáticas são “a questão moral, ética, espiritual e política mais importante de todos os tempos” para o ser humano...

Assim falam os criadores de religiões aos seus discípulos. Uma sociedade envolta no bem-estar, cansada da civilização, ouve com verdadeira voluptuosidade a mensagem da ameaça do fim do mundo... pois, conforme Gore, “as evidências de uma ‘Noite dos Cristais’ ecológica são tão claras como o barulho das vitrines quebradas em Berlim”. Seus rastros ecológicos correspondem ao tamanho das pegadas de King Kong”.[6]


Al Gore transforma as mudanças climáticas e a evolução numa nova religião.
Esse homem está transformando as mudanças climáticas e a evolução em uma nova religião, comparando-a espertamente com a Noite dos Cristais e o Holocausto. Entretanto, em meio a tudo isso, ele deixa de lado a Deus e Seu Evangelho. A respeito de Al Gore, uma revista cristã comentou:

Ele tenta extrair vantagens de um debate em que os grupos cristãos são cada vez mais apresentados como atrasados. Ele não ataca os cristãos diretamente, mas fala num só fôlego de “fundamentalistas cristãos e islâmicos”. Se crermos nos porta-vozes dos ateus, o bom senso na ação política é ameaçado principalmente pela religião. Gore utiliza esse raciocínio, não de maneira ofensiva, mas mesmo assim de modo bem claro... Tudo o que a terra precisaria, seria “a razão fria, calculista, apaixonada”. Nos debates encalorados sobre o aquecimento global, cujo manipulador e aproveitador se chama Al Gore, sente-se pouco de razão fria... Gore é um especialista no trato com a opinião pública. Ele sabe que o ponto culminante dos debates sobre religião, razão e política ainda está por vir”.[3]

Através de todos esses acontecimentos, vemos que as mudanças climáticas servem a um poder anticristão, à união das nações é à “paz”. O cristianismo é rejeitado, a razão é colocada em destaque e a evolução é elevada acima do Evangelho de Jesus Cristo. Acontece exatamente o que está predito no primeiro capítulo da Epístola aos Romanos: a conseqüência será a intervenção de Deus a partir do céu.

O que realmente necessitamos?

A grande sedução, que avança sobre nós nestes dias, consiste em se achar que os problemas deste mundo poderão ser resolvidos através de um programa humano. Mas, isso não é possível! Recordando o que dissemos no início deste artigo: não necessitamos da fé em um programa, mas precisamos crer numa Pessoa, cujo nome é Jesus Cristo. A Epístola aos Hebreus testemunha a respeito dEle: “Ele, que é o resplendor da glória e a expressão exata do seu Ser, sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, depois de ter feito a purificação dos pecados, assentou-se à direita da Majestade, nas alturas” (Hebreus 1.3). (Norbert Lieth - http://www.chamada.com.br)

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

AFINAL, O QUE É YOGA?

Afinal, o Que é Yoga?

O iogue Bhajan morreu em 6 de outubro de 2004. Em 5 e 6 de abril de 2005, a Câmara e o Senado dos EUA, respectivamente, aprovaram por unanimidade uma moção conjunta homenageando o falecido líder sique por seus “ensinamentos [...] sobre o Siquismo e a yoga [...]”. A yoga está no cerne do Hinduísmo, e o Siquismo é como uma “denominação” dentro do Hinduísmo.
Em 11 de maio de 2005, o Capitólio ofereceu uma recepção especial para comemorar a resolução do Congresso. Entre os presentes estavam senadores e deputados dos EUA, funcionários do Departamento de Estado, representantes do governo da Índia, dignitários, autoridades e seguidores da doutrina sique [...]”. O comunicado à imprensa declarava que o iogue Bhajan havia melhorado a vida de milhares de pessoas “através de seus ensinamentos sobre a yoga e o Darma sique”.[1] Fundador da organização 3HO – Happy, Healthy, Holy (“Feliz, Saudável, Santo”) – ele ensinava que essas três qualidades da vida podiam ser alcançadas através da prática da yoga (A verdade sórdida é bem diferente disso, como mostraremos através de documentos no livro “A Yoga e os Cristãos”).
A base da técnica de yoga de Bhajan era o mantra “Sa-Ta-Na-Ma”, repetido de forma precisa durante a prática diária da yoga: “projetado mentalmente da parte superior traseira da cabeça, para baixo, e depois diretamente para fora através do terceiro olho [...] entre as sobrancelhas e a base do nariz [...]. Segundo o iogue Bhajan, “aplicando essa técnica, você pode conhecer o Desconhecido e ver o Invisível. Se você passar duas horas por dia em meditação, Deus meditará em você o resto do dia”.[2] É claro que só temos a palavra dele de que isso é verdade.
O iogue Bhajan.
Ao contrário do que diz a publicidade atual sobre yoga no Ocidente, a declaração de Bhajan não menciona nada sobre benefícios físicos – a yoga não foi criada para isso. O seu objetivo é fazer contato com “Deus”. De fato, seu propósito é alcançar a percepção de que cada indivíduo praticante de yoga é deus. E adivinhem que autoridade governamental dá o seu aval entusiástico ao iogue Bhajan por fazer a iniciação de milhares de pessoas numa suposta divindade, através dessa corrente de yoga? O Congresso americano!

Por que o preconceito em relação ao Cristianismo?

Mas e a “separação entre a igreja e o estado”, que o Congresso e a Suprema Corte se empenham tanto em fazer cumprir? Logo se descobre que, nos Estados Unidos, essa restrição parece se aplicar só à Bíblia e ao Cristianismo. Antigamente, os EUA eram conhecidos como uma nação cristã. Mas hoje poderíamos muito bem dizer que este país é uma nação anticristã. Símbolos cristãos como a Cruz e os Dez Mandamentos não podem mais ser exibidos em lugares públicos. Entretanto, o Congresso Americano apóia e reverencia abertamente o Siquismo – para não falar do Islamismo, que os líderes políticos e religiosos vivem enaltecendo como uma “religião de paz” em compromissos oficiais (Para conhecer a verdade sobre o Islamismo, leia meu livro O Dia do Juízo!).


Aparentemente, o fato de Jesus Cristo ter ressuscitado fisicamente (com confirmação de muitas testemunhas oculares), deixado para trás um túmulo vazio, e prometido retornar à terra corporalmente no futuro não é suficiente para que Ele receba exaltação pública por parte do governo americano. Mas, porque o iogue Bhajan declarou: “Quando eu me for fisicamente, busquem-me espiritualmente. Vocês terão que se juntar para fazer isso”[3], ele de algum modo se qualifica para receber a honraria que é negada a Jesus.

Talvez a diferença crucial seja que o iogue Bhajan (assim como o aclamado líder espiritual tibetano, o Dalai Lama) praticava e promovia a yoga, e Jesus não. Porém, como veremos mais adiante, um número cada vez maior de pessoas que se dizem cristãs vem afirmando que Jesus de fato ensinava e praticava yoga. Talvez eles pensem que, se Cristo puder ser aceito como iogue juntamente com os homens-deuses da Índia e do Tibete, não seja mais proibido comemorar o Natal nas escolas públicas nem exibir cruzes e presépios em lugares públicos.

Budismo, Hinduísmo, Islamismo, paganismo indígena americano, xamanismo – qualquer coisa e qualquer um, exceto o Cristianismo e Jesus Cristo, são reverenciados e podem ser promovidos nas escolas públicas. O Correio dos EUA emitiu um selo especial para comemorar o Eid, a festa que encerra o Ramadã. Presidentes americanos, inclusive George W. Bush, oferecem jantares na Casa Branca em homenagem ao “mês sagrado e à grande fé do Islã [...]”.[4] E a ACLU (União Pelas Liberdades Civis Americanas) não faz objeção. Mas ela seria capaz de ir até à Suprema Corte para impedir que a mesma honra fosse dada a Jesus Cristo! Esse é o clima que permitiu que a prática da yoga crescesse com tanta rapidez.

Yoga pode ser só um exercício físico?

O fato de os não-cristãos praticarem yoga não causa nenhuma surpresa. Afinal, ela tem sido promovida no Ocidente como se fosse simplesmente uma série de exercícios de alongamento e respiração inteiramente físicos e benéficos para a saúde – servindo até mesmo para a cura do câncer, com testemunhos que supostamente comprovam sua eficácia. Entretanto, é inacreditável que cristãos que se dizem seguidores de Cristo e de Sua Palavra também se deixem levar pela onda do misticismo oriental.


A yoga foi criada com o objetivo de proporcionar ao praticante um meio de escapar deste mundo “irreal” do tempo e dos sentidos, e permitir que ele alcance o moksha, o céu hindu – ou que volte ao “Vazio” do Budismo. A propaganda da yoga no Ocidente diz que seus exercícios respiratórios e de flexibilidade melhoram a saúde e ajudam a viver melhor – mas no Extremo Oriente, onde se originou, ela é considerada uma forma de morrer. Os iogues afirmam ter a capacidade de sobreviver quase sem oxigênio e de permanecerem imóveis por horas, livres da “ilusão” desta vida. Porém, os aspectos físicos da yoga, que atraem muitos ocidentais, foram de fato desenvolvidos e praticados com propósitos espirituais.

monumento A propaganda da yoga no Ocidente diz que seus exercícios respiratórios e de flexibilidade melhoram a saúde e ajudam a viver melhor – mas no Extremo Oriente, onde se originou, ela é considerada uma forma de morrer.
Embora seja bastante divulgado que a yoga vem de práticas ocultistas da China, Índia e Tibete, e que não foi criada para melhorar a saúde, mas sim para alcançar a natureza divina, as pessoas ainda acham que é possível praticá-la estritamente por razões de saúde, sem qualquer envolvimento religioso ou espiritual. John Patrick Sullivan, que foi jogador de futebol americano e hoje é instrutor de yoga em Santa Bárbara, na Califórnia, diz: “Yoga não tem religião. Ela não está ligada ao Hinduísmo ou Budismo [...]”.[5] Mas essa opinião é desmentida pelos praticantes nativos da yoga e por todos os especialistas no assunto.

O psiquiatra suíço C. G. Jung, que era profundamente envolvido com o ocultismo e não era absolutamente cristão, foi um dos pioneiros na introdução da yoga no Ocidente, há 85 anos, dedicando-se à sua prática por toda a vida. Ele declarou de forma peremptória e enfática que o aspecto espiritual não pode ser tirado da yoga:

Os numerosos procedimentos puramente físicos da yoga [unem] as partes do corpo [...] formando um todo com mente e espírito, como [...] nos exercícios de pranayama, onde prana é tanto a respiração quanto a dinâmica universal do cosmos [...] a exaltação do corpo se une à exaltação do espírito [...]. A prática da yoga é impensável, e seria também ineficaz, sem as idéias em que se baseia. Ela entrelaça o físico e o espiritual de uma forma extraordinariamente completa.[6]

O que Jung afirmou é dito de forma não menos explícita pelos sábios iogues do Oriente, onde esse sistema teve origem. Entretanto, a maioria dos instrutores de yoga do Ocidente continua negando esse fato. Portanto, a popularidade e a prática dessa técnica ocultista oriental, criada para unir o espírito do homem com o Espírito Universal (o deus principal do Hinduísmo, Brahma), continua a explodir no mundo ocidental. E essa expansão ocorre sob o disfarce de ser uma forma de exercício puramente físico, apesar da esmagadora quantidade de evidências em contrário.

O psiquiatra suíço C. G. Jung, que era profundamente envolvido com o ocultismo e não era absolutamente cristão, foi um dos pioneiros na introdução da yoga no Ocidente, há 85 anos, dedicando-se à sua prática por toda a vida.
O trecho a seguir foi tirado de um popular site sobre yoga, que procura explicar o que ela realmente é. Observe a contradição entre “o ensinamento científico [...] baseado na filosofia hindu”, a espiritualidade sem religião, e o ecumenismo do Hinduísmo, que tem um “espírito universal” supostamente compatível com todas as religiões:

O que é yoga? Yoga significa, literalmente, união. É um ensinamento prático e científico que inclui um sistema de exercícios que visam a controlar o físico e a mente, além de proporcionar bem-estar, com o objetivo de realizar a união do espírito humano com o Espírito Universal.
Yoga é uma religião? Não. Embora a yoga seja uma tradição indiana mais ou menos baseada na filosofia hindu, ela não pertence a nenhuma região ou religião em particular. Sua prática e técnicas científicas funcionam com a mesma eficácia independentemente da crença individual.[7]

Práticas não-religiosas

Essas contradições irritantes não são consideradas importantes quando se trata de qualquer religião ou filosofia, exceto o Cristianismo. O verdadeiro Cristianismo bíblico é atacado de todos os lados, mas qualquer outra “fé” (inclusive qualquer “Cristianismo” falso e ecumênico) é aceita, não importam quão absurdas e contraditórias sejam suas doutrinas e práticas. Veja o seguinte: “O coração de um verdadeiro hindu se comove com o Homem na cruz, que exclamou naquela hora: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem”. Um verdadeiro hindu tem toda a admiração pelo Profeta da Arábia [Maomé], que literalmente transformou um povo bárbaro numa sociedade de sólida moral. Mas ele não pode aceitar jamais os fanáticos intolerantes que tentam achincalhar a religião dos outros”.[8]


Por mais irracional que seja, é compreensível que todas as religiões sejam aceitas pelo Hinduísmo e consideradas compatíveis umas com as outras e com a yoga, ainda que se contradigam mutuamente nos pontos mais fundamentais. O Hinduísmo tem 300 milhões de deuses; o Islamismo afirma que Alá é “o único deus”; e o Budismo é basicamente ateu – contudo, todos são aceitos pelo iogue. Todas as grandes religiões dizem honrar o “Cristo”, mas todas negam as afirmações que Ele fez a respeito de si mesmo.

Os cristãos evangélicos são considerados “fanáticos intolerantes” porque crêem na declaração de Cristo: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim” (João 14.6). Em seu extremo cuidado de “exaltar” Jesus da mesma forma que qualquer outro “profeta”, os “verdadeiros hindus” rejeitam o que Ele realmente declarou na forma mais direta possível. Isso não é racional nem honesto! Esse discurso ecumênico dissimulado chega a declarar que Jesus ensinava e praticava yoga. Não existe o menor traço de evidência histórica ou bíblica que corrobore essa afirmação absurda – mas isso não parece perturbar nem um pouco os entusiastas da yoga.

Os cristãos evangélicos são considerados “fanáticos intolerantes” porque crêem na declaração de Cristo: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim” (João 14.6).
O treinador de basquete Phil Jackson recebeu calorosos elogios por transformar a sede do Chicago Bulls num repositório sagrado de fetiches e totens, e por iniciar seu time inteiro no misticismo oriental. A revista Newsweek se referiu a Jackson com simpatia, como o homem “que usou os princípios Zen para dar três campeonatos consecutivos ao Chicago Bulls”. O artigo elogiava Jackson por seu sucesso “num dos mais assustadores desafios da história das religiões”.[9]

A história teria sido outra se ele tivesse doutrinado seu time com o Cristianismo. Se isso tivesse acontecido, a mídia e a NBA reprovariam sua atitude severamente. Entretanto, essa discriminação em relação ao Cristianismo, esse flagrante preconceito contra o Cristo bíblico, é aplaudido pela sociedade, e os cristãos que procuram seguir a Cristo e se manter fiéis a seus ensinamentos são chamados de ignorantes ou coisa pior.

Na América “cristã”, as leis quase baniram completamente o Cristianismo dos debates públicos. Mas, ao mesmo tempo, todas as outras religiões são aceitas. Essa atitude quase universal não é só irracional, mas revela um profundo preconceito contra o Cristianismo, que exige uma explicação. A frase de Shakespeare: “Penso que protestas demais”, certamente se aplica neste caso. Esse protesto universal – que às vezes se torna odioso, cruel e violento, e que ao longo dos séculos não só levou à crucificação de Cristo como também gerou literalmente milhões de mártires cristãos – não pode ser considerado de forma alguma uma reação casual. Tem que haver um propósito e algum poder por detrás dele!

O treinador de basquete Phil Jackson recebeu calorosos elogios por transformar a sede do Chicago Bulls num repositório sagrado de fetiches e totens, e por iniciar seu time inteiro no misticismo oriental.

Uma campanha missionária maciça

No final da década de 1950 e início da década de 1960, os gurus hindus do Oriente, como o iogue Maharishi Mahesh, Baba Muktananda, Yogananda, iogue Bhajan, Vivekananda e muitos outros, ficaram muito felizes de saber que, através da popularização do uso das drogas psicodélicas, milhões de ocidentais estavam descobrindo uma realidade não-física cuja existência a ciência ocidental vinha negando por muito tempo. Eles perceberam rapidamente que estava se abrindo no Ocidente um amplo mercado para suas doutrinas. Nascia o movimento da Nova Era. A yoga, antes praticada no Oriente somente por “homens santos”, tornou-se acessível às massas no Ocidente e logo se espalhou por toda parte, até mesmo dentro das igrejas e entre os evangélicos.


Campanha missionária? A maioria dos ocidentais não consegue pensar nesses iogues, swamis e lamas sorridentes, atenciosos e cheios de mesuras como missionários determinados a espalhar seu evangelho místico. É surpreendente que a maior organização missionária do mundo seja hindu e não cristã – Vishva Hindu Parishad (VHP), da Índia. É claro que a mídia e o mundo aceitam isso muito bem – só os missionários cristãos são desprezados e difamados.

Sim, os hindus lançaram a maior campanha missionária da história. Há quase trinta anos, em janeiro de 1979, no Segundo Congresso Mundial de Hinduísmo, patrocinado pe la VHP em Allahabad, na Índia, um palestrante declarou aos quase 60.000 participantes vindos do mundo inteiro: “Nossa missão no Ocidente foi coroada de estrondoso sucesso. O Hinduísmo está se tornando a religião dominante no mundo, e o fim do Cristianismo se aproxima”.[10] Por lei, não é permitida nenhuma atividade missionária cristã entre os hindus na Índia, mas os missionários hindus pregam sua doutrina agressivamente no Ocidente – e com grande sucesso. Entre os principais objetivos listados na constituição da VHP estão os seguintes:

A maioria dos ocidentais não consegue pensar nesses iogues, swamis e lamas sorridentes, atenciosos e cheios de mesuras como missionários determinados a espalhar seu evangelho místico.
Estabelecer uma ordem de missionários, tanto leigos quanto iniciados, com o propósito de propagar o Hinduísmo dinâmico, representando [...] várias crenças e denominações, incluindo budistas, jainistas, siques, lingayats, etc., e abrir, gerenciar ou dar assistência a seminários ou centros propagadores dos princípios espirituais e práticas do Hinduísmo [...] em todas as partes do mundo.[11]
Os principais “centros propagadores dos princípios espirituais e práticas do Hinduísmo” no Ocidente são os cada vez mais numerosos locais que ensinam yoga. O interessante é que a Conferência Mundial Hindu de 1979 foi presidida pelo Dalai Lama, que pública e desonestamente proclama a tolerância a todas as religiões. O Hinduísmo e o Budismo, que defendem práticas de yoga semelhantes, se infiltram na nossa sociedade, no governo e até nas escolas públicas como ciência, enquanto o Cristianismo é banido como religião. Mas será que o Dalai Lama pratica e difunde a yoga? Claro que sim!

A VHP tem sucursais no mundo inteiro. A organização guarda-chuva nos Estados Unidos chama-se Vishwa Hindu Parishad of America, Inc. Ela tem seu próprio site na Internet e desenvolve suas atividades missionárias em cooperação com vários gurus. Essa organização realiza, por exemplo, um Acampamento Familiar Anual Vivekananda, onde um dia típico começa “com yoga e meditação às 7 da manhã”. Em 1992, a VHP da América lançou a “Visão Mundial 2000” para disseminar pelos Estados Unidos a mensagem do swami Vivekananda, baseada na Vedanta.[12]

O “Homem-Deus” aclamado pelo mundo

De todos os gurus que vieram para o Ocidente, nenhum fez mais em prol da consolidação da credibilidade do misticismo oriental do que Tenzin Gyatso, o Dalai Lama, líder espiritual da Gelugpa do Tibete, ou seita Amarela, do ramo Mahayana do Budismo, que vive no exílio. Ele alega ser a décima quarta reencarnação do primeiro Dalai Lama, um deus na terra com poder de introduzir outros em sua própria divindade. Aqui temos de novo o recorrente tema ocultista da deificação humana, repetindo a mentira da serpente no Jardim do Éden (“como Deus, sereis” – Gênesis 3.5) – e essa meta é o cerne da yoga, apesar de todas as alegações de que ela é uma prática não-religiosa.


O Dalai Lama promete aos iniciados que eles se tornarão Bodhisatvas (pequenos budas), percebendo sua divindade intrínseca e podendo criar sua própria realidade.
O Dalai Lama viaja pelo mundo apresentando a “Yoga da Divindade Tântrica Tibetana” a multidões de admiradores crédulos, inclusive dezenas de milhares de ocidentais. Ele promete aos iniciados que eles se tornarão Bodhisatvas (pequenos budas), percebendo sua divindade intrínseca e podendo criar sua própria realidade. Por iniciar multidões em seu ramo de yoga (através do “ritual Kalachakra para a paz mundial”, acompanhado da tradicional “Mandala de Areia” tibetana), ele recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 1989. Dez anos antes, em sua primeira visita aos Estados Unidos, “Sua Santidade” foi recepcionada na Catedral de São Patrício, em Nova York, onde sua declaração de que “todas as religiões do mundo são basicamente a mesma” foi aplaudida de pé por uma enorme multidão de pessoas ingênuas e crédulas (em sua maioria, católicos romanos).[13] O Dalai Lama também foi bem recebido por um público não menos atento e simpático ao discursar no púlpito da catedral de Genebra, na Suíça, onde João Calvino pregava no passado.

Em agosto de 1996, as elites de Hollywood, como o ator Richard Gere e o presidente da MGM, Mike Marcus, homenagearam o Dalai Lama num jantar em benefício da American Himalayan Foundation. Os milhares de convidados contribuíram com cerca de 650.000 dólares. Harrison Ford fez a apresentação do deus autoproclamado. É claro que Shirley MacLaine estava lá (destoando um pouco), assim como Leonard Nimoy e muitas outras celebridades.

Hollywood fez vários filmes relacionados com a fuga do Dalai Lama do Tibete e com seu trabalho ao redor do mundo. No Festival do Filme de Hollywood, em 2004, o prêmio de Melhor Documentário foi concedido a What Remains of Us (O Que Resta de Nós), filmado clandestinamente dentro do Tibete. O filme conta a história de uma refugiada tibetana que contrabandeou para o seu povo no Tibete uma mensagem do Dalai Lama gravada em vídeo, e mostra a excitação dos tibetanos assistindo ao vídeo em segredo. É interessante que Hollywood procura contar a “verdadeira história” da vida do Dalai Lama ou de Maomé, mas não tem a mesma cortesia com Jesus Cristo. Ele é retratado das formas mais afrontosamente falsas e degradantes. Esse profundo preconceito não pode ser negado, e exige uma explicação.

Um engodo de proporções mundiais

Como parte do mais maciço esforço missionário da história – com o propósito direto de destruir o Cristianismo – cada guru que veio para o Ocidente (Maharishi Mahesh, Bhagwan Shri Rajneesh, Baba Muktananda, etc.) foi enviado por seu próprio guru especificamente para converter pessoas a uma fé panteísta hindu/budista. Yogananda, por exemplo, veio para disseminar os ensinamentos de seu guru espiritual, Sri Babaji. Maharishi foi enviado ao Ocidente por seu guru, Dev, e iniciou milhões de adeptos em sua forma de yoga, a Meditação Transcendental. No entanto, os missionários do Oriente sempre alegam que estão ensinando a ciência da yoga, princípios de saúde e estados de consciência mais elevados, não uma religião – e as pessoas acreditam nessa frase e os cobrem de homenagens.


Ninguém pode criticar legitimamente os que procuram convencer outras pessoas a aceitarem idéias que eles sinceramente acreditam serem verdadeiras. Porém, eles não podem mentir sobre a natureza e o propósito daquilo que apresentam, e é exatamente isso que os gurus orientais têm feito. A dimensão dessa fraude é tão gigantesca quanto seria se o Papa não se apresentasse como o chefe de uma igreja, e sim como o representante de um grupo de cientistas seculares.

A Índia expulsou os missionários estrangeiros pouco depois de obter sua independência. Porém, ao mesmo tempo, envia pelo mundo inteiro missionários que convertem milhões ao Hinduísmo e ao Budismo, mas afirmam tolerar todas as religiões e negam a natureza religiosa de sua missão. O empenho da mídia em promover esse tipo de mentira fraudulenta deveria incomodar qualquer pessoa que procure ver as coisas de forma equilibrada. As pessoas deveriam ficar ainda mais perturbadas ao descobrirem os fatos ocultos que vamos apresentar nas próximas páginas. Porém, raramente se vê alguém esboçar qualquer reação de espanto ou surpresa, porque poucos conhecem os fatos ou se importam com eles.

Muitas críticas têm sido feitas, algumas com razão, aos missionários ocidentais que foram para a África, China, Índia e outros lugares levando o Evangelho de Jesus Cristo e tentaram ocidentalizar outras culturas. A ocidentalização de qualquer cultura não se justifica, e não tem nada a ver com o Cristianismo, visto que seu surgimento (de Abraão ao Apóstolo Paulo) ocorreu no Oriente Médio. Mas, por uma questão de justiça, temos que perguntar por que os missionários budistas, hindus e muçulmanos, que têm introduzido agressivamente sua religião e seu estilo de vida num mundo ocidental que se deixa enganar, recebem pouca ou nenhuma crítica?

E quanto à Hatha Yoga?

A maioria dos ocidentais imagina que a Hatha Yoga (muitas vezes chamada de “yoga do corpo”) não tem nada a ver com Hinduísmo ou espiritualidade. Será que pelo menos esta forma de yoga não é puramente física? Se este é o caso, somos levados a perguntar, por exemplo, por que o centro de instrução de Hatha Yoga em Chicago está localizado no Templo de Kriya Yoga*, que há décadas “ocupa a liderança na ministração de treinamento detalhado e de qualidade para os que desejam ensinar yoga”. Os instrutores são treinados sob a direção de “Sri Goswami Kriyanandaji, que carrega a Chama da Linhagem de Sri Babaji, trazido para este país por Paramahansa Yogananda”.[14]


Paramahansa Yogananda demonstrou fartamente que o Ocidente estava pronto a adotar a espiritualidade iogue sob o disfarce de prática saudável. Esse missionário pioneiro do Hinduísmo fundou a Sociedade de Auto-Realização, com sede no Sul da Califórnia. Sem contar as multidões iniciadas por seus seguidores, cerca de 100.000 pessoas foram iniciadas na prática de Kriya Yoga (também conhecida como Hatha Yoga) pelo próprio Yogananda, com o propósito explícito de “auto-realização”. Hoje existem milhões de americanos que praticam Hatha Yoga com a ilusão de que ela é puramente física e não tem nada a ver com espiritualidade ou religião. Essa idéia, que foi deliberadamente promovida entre ocidentais desavisados, é bastante popular e está profundamente entranhada na cabeça das pessoas, apesar de ser completamente errada.

Se a Hatha Yoga é puramente física, por que ela foi passada adiante por “mestres espirituais” conhecidos como iogues?
Se a Hatha Yoga é puramente física, por que ela foi passada adiante por “mestres espirituais” conhecidos como iogues? Por que a autêntica Hatha Yoga é sempre associada com meditação espiritual com objetivo de “auto-realização” (isto é, “alcançar a unidade com ‘Deus’, como ensina o Hinduísmo”)? Se existem centros no Ocidente que dizem oferecer uma Hatha Yoga puramente física, somente para benefício da saúde, por que eles ensinam os mesmos exercícios respiratórios e posições que Paramahansa Yogananda trouxe da Índia para o Ocidente, e que lhe foram ensinados por seu guru espiritual, Sri Babaji? Todas essas técnicas foram desenvolvidas com precisão durante séculos para induzir mudanças sutis nos estados de consciência, levando à auto-realização. Elas não foram desenvolvidas para obter principalmente benefícios físicos.
Quando os instrutores de Hatha Yoga são honestos, até mesmo no Ocidente, eles admitem que ela não é puramente física. Richard Hittleman, um dos pioneiros na introdução desta assim chamada yoga “física” nos Estados Unidos, afirmou que “à medida que os estudantes de yoga fossem praticando as posições físicas, eles chegariam ao ponto em que estariam aptos a investigar o componente espiritual, que é a ‘essência completa da disciplina”’.[15] Isso é consenso entre os especialistas. Sobre a Hatha Yoga, o conhecido mestre de yoga swami Sivenanda Radha declarou: “As asanas (posturas e exercícios físicos) são uma prática devocional [...] cada asana cria um determinado estado mental [...] para conduzir o praticante a um contato mais profundo com o Eu Superior”.[16] É claro que a expressão “eu superior” é usada por eles para significar qualquer coisa que a pessoa queira aceitar como o “deus interior e exterior”.

Sobre a Hatha Yoga, o conhecido mestre de yoga swami Sivenanda Radha declarou: “As asanas (posturas e exercícios físicos) são uma prática devocional [...] cada asana cria um determinado estado mental [...] para conduzir o praticante a um contato mais profundo com o Eu Superior”.
A yoga foi introduzida por Krishna no Bhagavad Gita como sendo o caminho certo para o céu hindu; e Shiva (uma das mais temidas divindades hindus, conhecido como “O Destruidor”) é chamado de Yogeshwara, Senhor da Yoga. Um dos mais respeitados textos de Hatha Yoga, o Hathayoga-Pradipika, escrito no século quinze por Svatmarama, cita o Senhor Shiva como o primeiro mestre de Hatha Yoga. Os instrutores de yoga comuns nunca mencionam (e podem até nem saber) que existem muitas advertências nos textos antigos de que a “Hatha Yoga é um instrumento perigoso. A pessoa pode ser possuída por uma divindade hindu (i.e., demônio) através do estado de consciência alterado induzido por essa prática”.

Se a disciplina que os mestres de yoga do Ocidente ensinam envolve somente exercícios de alongamento e respiração, como eles insistem em dizer, por que então eles não fazem sua divulgação como apenas isso? Por que eles insistem em chamá-la de “yoga”, se negam qualquer conexão com o que a yoga realmente é? Por que esse disfarce? (Dave Hunt - http://www.chamada.com.br)

terça-feira, 10 de julho de 2012

MOVIMENTO DA FÉ

              

   
Quais os ensinos fundamentais do Movimento da Fé?
O Movimento da "Fé" acredita que a mente e a língua humanas contêm uma habilidade ou poder sobrenatural. Quando alguém fala, expressando a sua fé em leis supostamente divinas, seus pensamentos e expressão verbal positivos produzem uma "força" supostamente divina que irá curar, proporcionar riqueza, trazer sucesso e, de outras maneiras, influenciar o ambiente. Kenneth Copeland ensina que "a força poderosa do mundo espiritual, o qual cria as circunstâncias que nos rodeiam, é controlada pelas palavras pronunciadas pela boca humana. Essa força vem de nosso interior".[1] Portanto, "não há nada nesta terra tão grande ou poderoso... que não possa ser controlado pela língua... É até possível controlar Satanás, aprendendo a controlar a própria língua".[2]
Segundo os pregadores da "Fé", Deus responde automaticamente e realiza o que ordenamos quando confessamos nossas necessidades e desejos pela fé, de maneira positiva.[3]
Por isso os cristãos devem supostamente aprender a operar seu homem interior ou "homem espiritual" no poder do mundo espiritual, mediante leis sobrenaturais, leis que irão funcionar para qualquer indivíduo, quer crente ou incrédulo.[4]
Segundo observa Charles Capps: "As palavras são a coisa mais poderosa do Universo"; "Isso não é teoria, é fato. É uma lei espiritual"; e: "Esses princípios de fé são baseados em leis espirituais. Eles funcionam para quem quer que aplique essas leis. Você os faz funcionar pelas palavras da sua boca".[5] A não ser que os cristãos obedeçam a essas leis e as apliquem com sucesso, o próprio Deus fica prejudicado em Sua possibilidade de agir na vida deles. Por quê? Porque tanto Deus como os cristãos são limitados por essas leis. Fred K. C. Price e outros ensinam que da mesma forma que o poder de Deus tem origem na fé que Ele exerce nas palavras que profere, o mesmo se aplica aos cristãos.[6] Por exemplo, "Deus criou o universo pelos métodos que você acabou de colocar em prática pelas palavras de sua boca. Deus liberou a Sua fé em palavras".[7]
Isso significa que tanto o homem quanto Deus são limitados em sua capacidade de agir sobrenaturalmente, a não ser que as fórmulas de fé adequadas sejam ditas, permitindo que o seu poder opere.[8] Só quando homens e mulheres imitam a Deus e Suas leis, eles podem realizar milagres.
Por exemplo, "Deus criou o universo dizendo que este viesse a exisitr. Ele deu a você essa mesma habilidade na forma de palavras."[9] Deus é, portanto, um Deus de "palavra de fé", que criou o homem à Sua imagem e lhe deu o potencial de usar o poder que Ele manifestou na criação.[10] "O homem é então um espírito, perfeitamente capaz de operar no mesmo nível de fé que Deus."[11] Como resultado, "você tem o poder de Deus à sua disposição".[12] Tudo isso explica porque a maioria dos pregadores da Fé pensa que o homem é um deus literal – nas palavras de Copeland, um ser "da classe de Deus".[13] Ao imitar o uso das leis cósmicas por Deus, o homem pode realizar atos sobrenaturais como os dEle.
Mas os pregadores da Fé também afirmam haver perigo em tudo isso. Essas leis cósmicas operam indiscriminadamente. Se os cristãos não tiverem cuidado, Satanás pode enganá-los porque tem igualmente condições de operar, usando as línguas de homens da classe de Deus.[14] Por exemplo, a "confissão negativa" – qualquer coisa dita que negue os princípios do Movimento da Fé – permite que Satanás entre na vida dos cristãos e os engane.
Em qualquer caso, até a missão do próprio Cristo é adequada à filosofia da Fé. Por que Jesus veio? Segundo o Movimento da Fé, uma razão da vinda de Jesus foi transformar-nos em "Cristãos da Fé" fortes, que pudessem fazer as coisas que Ele fez – e coisas maiores ainda. Jesus veio a este mundo por causa do poder da palavra proferida por Deus e por causa da fé que Deus tem na Sua fé.[15] De fato, Jesus foi a síntese do verdadeiro homem de "Fé". Ele sabia como usar perfeitamente as leis espirituais do Universo[16] e, portanto, tinha imensos poderes e fazia milagres incríveis. Assim sendo, Jesus foi um exemplo do Homem Bem-Sucedido. Robert Tilton ensina: "Jesus veio para livrar a humanidade do fracasso e nos levar ao sucesso".[17] E: "Deus criou o homem para ter sucesso, mas ele falhou... Deus enviou então Jesus para resgatar-nos do fracasso e restaurar-nos à posição de sucesso... (Por causa do nosso fracasso) Deus preparou um novo plano. Esse plano foi enviar Jesus. Mediante Jesus recebemos força e poder para sermos bem-sucedidos..."[18]
No livro Commanding Power (Poder Que Comanda), Kenneth Hagin Jr. ensina que a expiação de Cristo trouxe aos cristãos o "poder de comandar" ou a habilidade de ordenar que as coisas que nos rodeiam se conformem aos nossos desejos. "Nosso problema é que oramos e confessamos muito, mas não mandamos. É gostoso mandar!... Jesus já pagou o preço para fazermos isso..."[19]
Além disso, na cruz e no inferno, Jesus não só derrotou Satanás e sofreu o castigo pelo pecado, como também levou sobre Si a maldição da lei (Gl 3.12), pagando o preço pelas nossas fraquezas, pobreza e doença, a fim de que cristão nenhum tenha de experimentá-las.[20]
Isso significa que, para o Movimento da Fé, Jesus não é simplesmente nosso Salvador do pecado. Ele é o Redentor da nossa Fé, o exemplo perfeito dos "princípios da Fé" em ação. Como "pequenos cristos" e "pequenos deuses", devemos ser imitadores dEle.
Qual a relação entre os ensinos do Movimento da Fé e a teologia das seitas?
A maioria dos pregadores da Fé afirmou publicamente que não ensina a "Ciência Cristã", "Poder da Mente" ou o "Novo Pensamento".[21] Isso parece indicar que até os próprios pregadores da Fé reconhecem suas similaridades com sistemas heréticos ou, pelo menos, têm conhecimento das acusações feitas por outros.
Não obstante, apesar dos desmentidos, em muitos pontos seus ensinamentos são semelhantes ou quase idênticos aos encontrados nas religiões do "Poder da Mente".[22] Os conceitos de confissão positiva, prosperidade e sucesso, saúde divina, manipulação da criação, negativa sensorial, e rejeição implícita da medicina científica podem ser todos encontrados nas teologias do "Poder da Mente" dos séculos dezenove e vinte, tais como a "Unity School of Christianity" ("Escola Unitária do Cristianismo"), "New Thought" ("Novo Pensamento"), e "Science of Mind" ("Poder da Mente"). [Esses três grupos, juntamente com o Movimento da Fé, também ensinam que a "confissão negativa" pode produzir doenças, tragédia e até a morte.]
De fato, alguns ensinos e práticas contidos no Movimento da Fé também são encontrados em outras religiões e seitas não-bíblicas. Por exemplo, o conceito dos crentes serem "deuses" ou terem poderes divinos é encontrado no mormonismo e no "armstronguismo" (Igreja de Deus Universal – N. R.). A prática de "decretar" a existência de coisas pode ser vista em alguns grupos ocultistas e orientais, tais como a Igreja Universal e Triunfante, e o budismo Nichiren Shoshu.
Talvez seja por isso que o historiador carismático D. R. McConnel documenta tão prontamente a origem pagã do Movimento da Fé através de E. W. Kenyon:
[O Pai moderno do Movimento da Fé, Kenneth] Hagin plagiou E. W. Kenyon, em palavras e conteúdo, na maior parte da sua teologia. Todos os pregadores da Fé, inclusive Kenneth Hagin e Kenneth Copeland, quer admitam ou não, são filhos e netos espirituais de E. W. Kenyon. Foi Kenyon, e não Hagin, que formulou as principais doutrinas do moderno Movimento da Fé... Os alicerces da teologia de Kenyon foram formados nas seitas metafísicas, especialmente no "Novo Pensamento" (New Thought) e na "Ciência Cristã"... Kenyon tentou forjar uma síntese dos pensamentos metafísico e evangélico... O resultado na teologia da Fé é uma estranha mistura de fundamentalismo bíblico e metafísica do Novo Pensamento.[23]
Por exemplo, considere como as influências das seitas no Movimento da Fé se entrelaçaram na doutrina da cura:
A teologia da cura do Movimento da Fé não está baseada na capacidade de detectar sintomas, mas em negá-los. Os sintomas físicos não são reais. Mas eles irão tornar-se reais se o crente reconhecer a sua existência e deixar de aplicar os princípios da cura espiritual. Só quem não sabe crer em Deus para a cura espiritual irá recorrer à medicina científica. A visão da "Fé" quanto à medicina científica é pagã... e é a mesma visão pregada pelo fundador da metafísica do século dezenove, P. P. Quimby.[24]
Conclusão
Em seu confronto com a Igreja de Roma, Martim Lutero confessou que, a não ser que fosse "convencido pelos testemunhos das Sagradas Escrituras ou razão evidente", ele estava "obrigado pela Escritura" a manter os princípios da Reforma. Não era "seguro nem correto" agir contra a sua consciência nesse aspecto. Para Lutero, a Escritura estava acima de toda experiência e acima de todas as afirmações extra-bíblicas de revelação divina – e, por causa dessa sua posição, a igreja tem uma dívida incomensurável para com ele. Do mesmo modo, ao examinar o Movimento da Fé, só as Escrituras devem ser o nosso padrão – e não a experiência ou novas alegações de revelação divina. (John Ankerberg e John Weldon - http://www.chamada.com.br)

...os pregadores da Fé têm sido hábeis em disfarçar-se de carismáticos... [mas] tanto "as raízes como os frutos" da teologia da Fé são decididamente metafísicos...
– Hank Hanegraaff - Presidente do Instituto Cristão de Pesquisas nos EUA e autor do livro Cristianismo em Crise (citação do Prefácio de "A Different Gospel", edição atualizada, de D. R. McConnell).

Graças a Deus por mais este trabalho que vem fortalecer a refutação à Teologia da Saúde e da Prosperidade em solo brasileiro. Este livro revela muitas declarações absurdas de vários pregadores da Confissão Positiva nos EUA, mostrando o caráter herético dessa corrente doutrinária. É, sem dúvida, um forte alerta aos crentes no Brasil, para que não venham a seguir o exemplo de tais líderes na outra América.
– Pr. Paulo Romeiro - Presidente do AGIR e autor dos livros SuperCrentes e Evangélicos em Crise.

QUAL A IDADE DA TERRA?

Qual é a idade da Terra?


A teoria da evolução é uma “religião” que exclui o Criador. Para manter essa teoria, seus defensores usam métodos considerados ultrapassados pela ciência moderna. Mesmo assim, os livros escolares não levam isso em conta, de forma que os jovens, desde o início, são ensinados a se posicionarem contra Deus.

Nas escolas continua se ensinando que a Terra tem 4,6 bilhões de anos.



Sobre esse assunto, leia atentamente o seguinte artigo:

Os milhões que faltam

Os dados sobre a idade da Terra e do Universo nos atuais livros escolares contradizem radicalmente os valores encontrados por métodos não-radiométricos. Somente os dados resultantes de medições radiométricas atingem valores que chegam a milhões ou bilhões de anos. Quando se procura pela idade da Terra nos livros-textos [de ciências e biologia], geralmente se encontra uma datação de 4,6 bilhões de anos. Essa idade foi apurada através da medição radiométrica de diversos minerais. Mas existe a possibilidade de verificar e confirmar esses resultados usando métodos não-radiométricos. Quando os dados resultantes da aplicação de métodos diferentes coincidem, pode-se aceitar que eles são válidos e correspondem à realidade. Quando não coincidem, existe margem para dúvidas.
Como exemplo da disparidade entre resultados obtidos por diferentes métodos, podemos citar a medição do fluxo térmico do centro da Terra até sua superfície. Os cálculos resultam numa idade máxima de 10.000 anos para a Terra, o que seria 460.000 vezes menos que a indicada pela medição radiométrica. Cristais de zircônio contêm urânio, que ao decair produz hélio. Quando se mede o hélio liberado pelos cristais de zircônio chega-se a apenas 6.000 anos, pois se fossem mais antigos, conteriam menos hélio. Os mares devem ter a mesma idade. Ela pode ser avaliada pela sua salinidade e pela quantidade de sal levada a eles pelos rios no decorrer do tempo. A percentagem de níquel nas águas do mar e o níquel trazido pelos rios também servem para se estabelecer a idade da Terra. Chega-se a apenas 6.130 anos, ou seja, 163.000 vezes menos do que se ensina nas escolas. A idade dos continentes costuma ser estipulada em 60 milhões de anos. A medição da erosão, porém, leva à conclusão de que eles poderiam ter no máximo 10,2 milhões de anos, pois após esse tempo teriam se erodido até o nível do mar. Se os continentes se erodem tão rapidamente, as camadas fossilíferas já deveriam ter sido destruídas há muito tempo. Mas como essas camadas ainda existem, os continentes necessariamente têm menos de 10,2 milhões de anos. A foz do rio Mississipi forma um delta no golfo do México, cujo tamanho e crescimento anual permite determinar sua idade. Chega-se a apenas 10.000 anos, portanto, 6.000 vezes menos do que a idade presumida dos continentes. Os lagos alpinos também nos fornecem indicações da idade da Terra. Na Suíça central existe a bacia do lago Vierwaldstätter, cuja idade presumida é de 120.000 anos. Calculando-se o tempo necessário para que o lago ficasse soterrado com areia e pedregulhos, que o rio Reuss e os diversos córregos afluentes trazem junto com suas águas, chega-se a apenas 10.000 anos, portanto, 12 vezes menos que a idade convencionada de 120.000 anos.
A população da terra fornece uma indicação da possível idade da humanidade, supostamente de 40.000 anos. Quando se calcula a idade com base no crescimento populacional, chega-se a 5.200 anos, ou seja, 7,7 vezes menos que o número propagado.
As diferenças tornam-se ainda mais extremas quando se analisa o sistema solar, que teria 10 bilhões de anos. Os anéis de Saturno perdem cada vez mais material. Calcula-se que em 18.000 anos eles terão desaparecido. Então, por que eles ainda existem apesar do sistema solar ser supostamente 550.000 vezes mais velho que o tempo de vida dos anéis de Saturno? Os cometas igualmente têm vida muito breve, ou seja, aproximadamente 9.000 anos. Isso é 1.111.000 vezes menos que a idade estabelecida para o sistema solar. Os planetas, depois de um certo tempo, seguirão órbitas caóticas. Calcula-se que esse tempo seria de 10 milhões de anos. Isso representa 1.000 vezes menos do que a idade do sistema solar. Por isso, devemos nos perguntar por que o sistema solar ainda não naufragou no caos.
Todas as idades que acabamos de apresentar representam os maiores valores possíveis, calculados com base nos conhecimentos científicos atualmente disponíveis. As idades reais geralmente são bem menores. Não é possível calculá-las com exatidão, uma vez que faltam dados básicos (por exemplo, as condições iniciais, que não são conhecidas). Como demonstram os exemplos citados, existem diferenças evidentes entre os dados resultantes de medições radiométricas e os obtidos por meios não-radiométricos. Por que a datação radiométrica fornece valores tão altos e idades tão antigas? Existe uma explicação muito simples: apenas uma pequena parcela dos isótopos-filhos, que são formados pelo decaimento radioativo, tem origem nos isótopos-pais de longa duração. A maior parte se origina dos isótopos de curta duração, que ainda existiam no princípio, mas decaíram no decorrer do tempo. Por não se levar em conta a participação desses isótopos de curta duração, o cálculo indica uma idade radiométrica excessivamente alta.
Por existirem tantas indicações de uma criação jovem, temos bons motivos para considerar que as idades menores são as que mais correspondem à realidade. Portanto, impõe-se a pergunta por que os resultados de métodos não-radiométricos raramente são publicados na mídia, enquanto se divulga quase exclusivamente as medições radiométricas. Será que [isso ocorre porque] os métodos de medição radiométricos são os únicos argumentos que justificam os longos períodos? Sem dúvida: como a teoria da evolução exige a existência de períodos extremamente longos, ela é sustentada apenas pelos resultados dos métodos radiométricos. E o que acontecerá se estes, como expusemos, se mostrarem falsos? (Hansruedi Stutz, ProGenesis)

No caso, certamente aplicam-se as palavras de Romanos 1.18-22: “A ira de Deus se revela do céu contra toda impiedade e perversão dos homens que detêm a verdade pela injustiça; porquanto o que de Deus se pode conhecer é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou. Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas. Tais homens são, por isso, indesculpáveis; porquanto, tendo conhecimento de Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, se tornaram nulos em seus próprios raciocínios, obscurecendo-se-lhes o coração insensato. Inculcando-se por sábios, tornaram-se loucos”. (Norbert Lieth)

segunda-feira, 25 de junho de 2012

O RUMO DO ECUMENISMO

   

Não tenho a pretensão de escrever um tratado completo e definitivo sobre os esforços ecumênicos em andamento na atualidade. Quero apenas avaliar o assunto à luz da Palavra Profética. Não recorro a ela como mera coleção das profecias registradas nas Sagradas Escrituras – no Antigo e no Novo Testamento – mas vejo-a como base para uma perspectiva espiritual do tempo presente, conforme Paulo escreveu: “Disto também falamos, não em palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas ensinadas pelo Espírito, conferindo coisas espirituais com espirituais. Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente” (1 Co 2.13-14).
O que acontece hoje, aqui e agora, no mundo e no meio cristão? Qual o significado desses desenvolvimentos para os cristãos verdadeiros? Até que ponto o Movimento Ecumênico abre caminho para o cenário dos tempos finais? Que reação nosso Senhor Jesus Cristo espera de nós? Até onde o ecumenismo já avançou e até onde vai prosseguir?
No que pensamos quando falamos de ecumenismo?
No contexto bíblico, ecumênico significa simplesmente “relativo a toda a terra habitada; universal” ou apenas “o mundo”. Esse conceito é usado, por exemplo, em Mateus 24.14: “E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então, virá o fim”. O sentido bíblico do termo “ecumênico” é o da união de todos os crentes por iniciativa do Espírito Santo.
O ecumenismo que se busca hoje, ao contrário, promove uma união com base no que poderíamos chamar de “menor denominador comum” (usando terminologia matemática). Seus porta-vozes confundem a unidade dos verdadeiros crentes, como João a descreve (veja Jo 17.21-23), com a união de igrejas e organizações ou, ampliando ainda mais sua abrangência, com a união de todos os que de alguma forma crêem em Deus ou em alguma divindade.
“Ainda tenho outras ovelhas, não deste aprisco; a mim me convém conduzi-las; elas ouvirão a minha voz; então, haverá um rebanho e um pastor” (Jo 10.16).
A Bíblia, porém, enfatiza com muita clareza a exclusividade da verdadeira Igreja, fundada sobre a Palavra de Deus. Encontramos menção dessa base principalmente nos Atos dos Apóstolos: “E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações” (At 2.42). Através de esforços e manobras políticas visando unir todas as organizações e denominações jamais surgirá o que a Bíblia chama de “assembléia dos santos”, a união dos “separados”. A “Igreja de Deus” é um organismo espiritual, separado e chamado para fora do mundo pelo próprio Deus por meio da obra salvadora de Jesus Cristo na cruz, com a finalidade de ser algo especial para o louvor da graça de Deus: “Depois de fazer sair todas as (ovelhas) que lhe pertencem, vai adiante delas, e elas o seguem, porque lhe reconhecem a voz... Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem a mim... Ainda tenho outras ovelhas, não deste aprisco; a mim me convém conduzi-las; elas ouvirão a minha voz; então, haverá um rebanho e um pastor” (Jo 10.4,14,16).
É preciso adiantar que o ecumenismo não é apenas uma corrente religiosa. Trata-se de um movimento mundial abrangente desde tempos imemoráveis. O movimento ecumênico acontece paralelamente à mudança geral de valores da sociedade humana e tem pontos de contato com as palavras mágicas do “Ocidente cristão”: tolerância, paz, humanidade, justiça e preservação da natureza. Ele propaga uma “nova espiritualidade” – seja isso o que for – e usa uma terminologia predominantemente religiosa. Suas fontes podem ser encontradas em movimentos políticos, culturais e sociais que buscam a globalização em grande escala.
O ecumenismo em ofensiva no mundo inteiro
O ecumenismo já avançou mais do que geralmente se supõe. Em última análise, esse é um caminho sem volta, pois o pensamento ecumênico que já se infiltrou em igrejas, denominações e organizações não pode mais ser corrigido ou extirpado. A única alternativa é pessoal: indivíduos demonstrando determinação para se afastarem terminantemente de tudo que é relacionado a esse movimento.
O ecumenismo não se consumará somente quando todas as igrejas, religiões e agremiações assinarem uma declaração de fé conjunta. Isso nunca vai acontecer. Um muçulmano fundamentalista não celebrará a Ceia do Senhor com um cristão convicto, nem um budista adorará a “Virgem Maria” ao lado de um católico.
A aspiração por uma união mundial “no campo religioso”, segundo o lema “Não haverá paz no mundo sem paz entre as religiões”, não quer dizer que cada religião, representada por uma comissão de especialistas, trará suas crenças e que desse caldo se extrairá uma fé comum. Essa forma de ecumenismo, como muitos crentes a imaginam, não é viável e nem é o que seus defensores e fomentadores buscam. Não se trata de aproximar declarações de fé, como aconteceu com a “Declaração Conjunta Sobre a Doutrina da Justificação” assinada pela Igreja Católica e por igrejas protestantes. Esse foi apenas um “tigre de papel”. O ecumenismo tem pretensões muito mais revolucionárias.
Não se busca uma nova fé – mas um novo “Deus”
É preciso criar um novo “Deus”, que seja adequado a todos os desejos e às condições imaginadas por todos os homens da terra. Esse ato de criação humana é promovido e estimulado através de intensos esforços. O novo “Deus”, ou novo conceito de “Deus”, é oposto ao Pai celeste, antagônico ao Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. Esse novo “Deus” humanamente criado será aceito por toda a humanidade por negar o verdadeiro Criador e que Seu Filho Jesus Cristo é “ o caminho, a verdade e a vida” (veja Jo 14.6).
Segundo o ecumenismo, não são as declarações de fé que precisam se aproximar; o próprio Deus deve se adequar à imaginação humana. É justamente isso que levará à adoração de um homem no final dos tempos, conforme lemos em Apocalipse 13.11-18. “Aqui está a sabedoria. Aquele que tem entendimento calcule o número da besta, pois é número de homem. Ora, esse número é seiscentos e sessenta e seis” (v.18).
O teólogo Walter G. Bauer escreveu:
O cristianismo aniquila o futuro da humanidade com o nome ‘Jesus' – essa é a verdade! O cristianismo mata a divindade com o nome de Deus! Por isso, esse nome não deve mais ser pronunciado, mas apenas parafraseado! Deus precisa de um novo nome para que possa ser novamente Deus; Ele o receberá porque quer voltar a ser Deus entre nós, para que O reconheçamos como o Deus de todos os homens, que nos faz uma só exigência e nos impõe uma única lei: sermos todos irmãos na grande família humana que é formada por muitos povos. Toda a existência na face da terra terá um novo parâmetro, e ‘Homem' será o novo nome de Deus.[1]
Madre Teresa:”devemos aceitar a Deus da forma como Ele existe em nossa imaginação”.
É constrangedor transcrever essas afirmações. Apenas o faço para mostrar como o processo de criação de uma nova idéia de Deus já está mais adiantado do que imaginamos. O mesmo é comprovado pela declaração da falecida Madre Teresa de Calcutá, muito estimada até mesmo por alguns membros de igrejas consideradas bíblicas:
Quando encontramos Deus face a face e O recebemos em nossa vida, seremos melhores hindus, melhores católicos, melhores o que quer que sejamos, pois devemos aceitar a Deus da forma como Ele existe em nossa imaginação”.[2]
Ecumenismo não é a compilação de doutrinas e tradições existentes, mas a criação de uma nova visão de mundo e de uma idéia de Deus que abrange todas as religiões. Para ilustrar, transcrevo uma citação de uma revista católica:
A unificação das religiões, estimulada pelo Santo Padre João Paulo II e aclamada por Sua Santidade o Dalai Lama, é o alvo que será atingido em breve. Virá o dia em que o amor ao próximo, defendido tão enfaticamente por Buda e Jesus Cristo, salvará o mundo, pois haverá o maior empenho conjunto para impedir a destruição da humanidade, conduzindo-a à luz na qual todos cremos”.[3]
Precisamos confrontar essas afirmações com a santa e eterna Palavra de Deus. A situação acima citada é descrita no Salmo 2: “Por que se enfurecem os gentios e os povos imaginam coisas vãs? Os reis da terra se levantam, e os príncipes conspiram contra o Senhor e o seu Ungido, dizendo: Rompamos os seus laços e sacudamos de nós as suas algemas. Ri-se aquele que habita nos céus; o Senhor zomba deles. Na sua ira, a seu tempo, lhes há de falar e no seu furor os confundirá. Eu, porém, constituí o meu Rei sobre o meu santo monte Sião. Proclamarei o decreto do Senhor: Ele me disse: Tu és meu Filho, eu, hoje, te gerei. Pede-me, e eu te darei as nações por herança e as extremidades da terra por tua possessão. Com vara de ferro as regerás e as despedaçarás como um vaso de oleiro. Agora, pois, ó reis, sede prudentes; deixai-vos advertir, juízes da terra. Servi ao Senhor com temor e alegrai-vos nele com tremor. Beijai o Filho para que se não irrite, e não pereçais no caminho; porque dentro em pouco se lhe inflamará a ira. Bem-aventurados todos os que nele se refugiam.”
Na verdade, o Movimento Ecumênico é um movimento anticristão, mesmo que certas igrejas afirmem o contrário. O ecumenismo atual não se preocupa com missões, em alcançar pessoas com a mensagem do Evangelho para que sejam salvas, mas busca o diálogo, segundo o lema: “Creia no que eu creio e crerei na sua fé”.
Pensamentos sedutores e agradáveis
Uma frase ecumênica repetida impensadamente por muitos cristãos é: “A doutrina separa, a oração une”. Outros adeptos do ecumenismo dizem: “Devemos construir pontes e não muros”. Outros, ainda, anunciam: “Unidade no que é relevante, liberdade no que é secundário e, acima de tudo, o amor”. Todos esses pensamentos parecem muito lógicos, o que explica sua grande aceitação, principalmente por serem repetidos por líderes eclesiásticos considerados fiéis. Mas as três afirmações citadas são diametralmente opostas ao ensino bíblico!
A doutrina separa, a oração une
É absolutamente verdade que a Palavra de Deus produz separação, muitas vezes de maneira mais radical do que nós teríamos coragem de fazer. Mas será que podemos unir em oração o que a Palavra de Deus separa e afasta? Através da oração podemos suspender proibições e mandamentos claros de Deus? Podemos deixar de lado a doutrina do Novo Testamento sobre o batismo ou a Ceia do Senhor para nos unirmos em oração em torno de assuntos que consideramos mais importantes? Que atrevimento em relação à santa Palavra de Deus, que nos diz na Segunda Epístola de João: “Todo aquele que ultrapassa a doutrina de Cristo e nela não permanece não tem Deus; o que permanece na doutrina, esse tem tanto o Pai como o Filho. Se alguém vem ter convosco e não traz esta doutrina, não o recebais em casa, nem lhe deis as boas-vindas. Porquanto aquele que lhe dá boas-vindas faz-se cúmplice das suas obras más” (2 Jo 1.9-11). Como podemos unir em oração o que Deus claramente separou?
O tema pontes não é mencionado pela Bíblia e muros aparecem em torno de trinta vezes no texto sagrado. Na foto: muralhas em Jerusalém.
Devemos construir pontes e não muros
Sem considerar que o tema pontes não é mencionado pela Bíblia e que muros aparecem em torno de trinta vezes no texto sagrado, separação é um assunto recorrente no Plano de Salvação. Construir muros é uma exigência de Deus e visa distinguir amigos de inimigos (veja Is 62.6). Muros ofereciam proteção contra os inimigos e também, simbolicamente, diante da influência exercida por aqueles que não criam no Deus de Abraão, Isaque e Jacó (veja Is 26.1-2). Era assim na Antiga Aliança, e na Nova Aliança encontramos a ordenança de demarcar fronteiras e estabelecer os limites entre os renascidos e os que apenas dizem crer em Jesus. Paulo escreve: “Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente” (1 Co 2.14). Será que é necessária uma exortação ainda mais clara sobre a necessidade de distinção entre cristãos renascidos e cristãos apenas nominais? Já não houve demasiadas decisões equivocadas e de conseqüências funestas em muitas igrejas por terem sido dominadas por pessoas que não eram crentes?
Como se processa o “ide” de Jesus se no fundo todos “crêem” em algum deus? A quem devo pregar o Evangelho se construo pontes, indicando que a fé e a descrença nem se encontram tão distantes uma da outra? A diferença que existe entre um cristão renascido e um cristão nominal não será anulada através de uma ponte, mas somente pelo amor de Deus. E uma das características imutáveis do amor de Deus é a verdade. Por mais que desejemos, não existem pessoas semi-salvas; há apenas salvos e perdidos. Quando construímos uma ponte para as pessoas perdidas, isso acontece apenas no sentido de atraí-las para o lado da verdade, de conduzi-las das trevas para a luz. Tal ponte serve apenas para salvação e não para um entendimento entre cristãos nominais, dando a entender que, de alguma forma, todos acreditamos nas mesmas coisas. Quem constrói esse tipo de ponte torna-se culpado em relação aos que chama de cristãos sem que o sejam realmente, com base na verdade bíblica.
Unidade no que é relevante, liberdade no que é secundário e, acima de tudo, o amor
Essa fórmula de Agostinho (citada livremente) é aparentemente lógica, mas também apresenta dois problemas:
Quando construímos uma ponte para as pessoas perdidas, isso acontece apenas no sentido de atraí-las para o lado da verdade, de conduzi-las das trevas para a luz.
Primeiro, ela passa a impressão de que a mensagem bíblica se divide em partes relevantes e secundárias, importantes e sem importância, em princípios básicos, que devem ser seguidos por todos os cristãos, e doutrinas secundárias que cada um pode interpretar como quiser. Isso acabou conduzindo a uma fórmula que se tornou popular nos últimos anos: “O que importa é Jesus, o resto não interessa”. Essa afirmação dissocia a pessoa de Jesus Cristo de Seus ensinamentos e da missão que nos deu. O alvo de muitas iniciativas “interconfessionais” é a conversão e não o ensino. O objetivo evangelístico justifica, por assim dizer, os meios, e reduz as diferenças ao “menor denominador comum”.
A fórmula de Agostinho apresenta outro problema: quem decide o que é relevante e o que é secundário? E como é possível que acima disso tudo esteja o amor de Deus?
É um grave erro adotar levianamente certas fórmulas, lemas e ditados que até parecem profundos e espirituais mas, no final, diluem as verdades absolutas do Evangelho. Esse é o outro tópico que quero salientar neste artigo.
O Movimento Ecumênico usa os métodos da sedução
É característica básica da sedução não ser evidente nem facilmente detectável. Os enganadores formulam seus postulados usando terminologia espiritual, religiosa e bíblica, mas de significado diferente. Eles encobrem e disfarçam habilmente suas intenções e seus propósitos e é difícil decifrar o que se esconde nas entrelinhas de certas declarações ou atrás de fatos apresentados de maneira positiva. Um marco no caminho em busca da “união das igrejas” foi a assinatura da “Declaração Conjunta Sobre a Doutrina da Justificação”, a respeito da qual o Vaticano comentou:
Em Augsburgo acontece hoje um fato do maior significado. Os representantes da Igreja Católica e da Federação Luterana Mundial assinam uma declaração a respeito de um dos principais temas que colocou em antagonismo católicos e luteranos: a doutrina sobre a justificação pela fé... Esse é um marco no dificultoso caminho da restauração da plena unidade entre os cristãos... Confiemos o caminho ecumênico à intercessão maternal da Santa Virgem.[4]
O jornal Frankfurter Allgemeine comentou a respeito:
É uma flagrante distorção dos fatos e do texto considerar o documento revolucionário, como se ele contivesse uma mudança na conhecida reivindicação absolutista de Roma. A doutrina da justificação continua sendo um dos critérios imprescindíveis e não o critério imprescindível.[5]
O próprio comentário do jornal é problemático. Simplificando, ele diz que a assinatura do documento pelas igrejas não mudou absolutamente nada no fato da Igreja Católica continuar reivindicando ser a única que salva!
O movimento ecumênico percorre a trilha do engano e da sedução, pois o alvo de Satanás é confundir o maior número possível de crentes. Ele sabe o que a história eclesiástica comprova: a sedução é um meio mais eficaz de diluir e enfraquecer as convicções espirituais do que a perseguição. Em outras palavras: o cristianismo não precisa ser eliminado ou erradicado . Basta neutralizá-lo.
Com a nova idéia globalizada de Deus o cristianismo não desaparecerá, mas será esvaziado – ficando sem Jesus como o Caminho, a Verdade e a Vida. A reivindicação de Jesus de ser o Salvador de todos os homens é a base do Evangelho e ao mesmo tempo o que mais incomoda o Movimento Ecumênico. (Michael Urban - http://www.chamada.com.br)


A SEDUÇÃO DE 'O SEGREDO'

   
 
A Sedução de “O Segredo”
Dave Hunt
A última armadilha do ocultismo para capturar a imaginação do Ocidente é chamada O Segredo. O livro com este nome é um bestseller no topo da lista do New York Times, tendo vendido rapidamente seis milhões de cópias. O DVD do mesmo título foi adquirido por mais de dois milhões de pessoas. Ambos contêm muitos erros, interpretações errôneas, falsas premissas e falsas promessas. Mas, quem se dá conta? Você deveria importar-se. Com as informações seguintes, você poderia resgatar alguém do inferno.
As numerosas interpretações errôneas já começam no próprio título do livro. O Segredo nada tem de segredo, mas, sim, de tolice, hinduísmo, xamanismo e Nova Era reciclados. Uma das mais gigantescas mentiras é a sua afirmação: “Você cria a sua própria realidade com a sua mente”. Foi essa a falsa promessa da serpente feita a Eva, a promessa da divindade (Gênesis 3). Abraçar essa ilusão custou a Eva e aos seus descendentes o paraíso do Éden e teria fechado o céu à humanidade inteira se Cristo não tivesse morrido pelos pecados do mundo. Em 6.000 anos, desde o Éden, a promessa da serpente ainda não foi cumprida na vida de uma pessoa sequer.
Informações errôneas e falsas afirmações seguem-se umas às outras, numa louca parada de absurdos. Borrifada no livro e no DVD está a afirmação de que o Segredo é cientificamente comprovado como sendo verdadeiro. Por exemplo: “Foi cientificamente comprovado que um pensamento afirmativo é centenas de vezes mais poderoso do que um pensamento negativo”.[1] Quando, onde e como?
Nenhum teste científico até hoje mediu os pensamentos positivos e negativos, nem poderia haver esse tipo de teste, porque os pensamentos não são físicos e o seu “poder” não pode ser medido. Os pensamentos existem fora da ciência física. Também não existe essa coisa de “ciência mental” ou “ciência da mente”. Esse fato é uma das muitas razões por que a psicologia jamais poderia ser uma ciência, a despeito dela ter afirmado isso durante décadas.
“Você cria a sua própria realidade com a sua mente”. Foi essa a falsa promessa da serpente feita a Eva, a promessa da divindade (Gênesis 3).
A isca na armadilha de O Segredo é continuamente repetida: “O Segredo lhe dá tudo que você deseja: felicidade, saúde e riqueza... você pode ter, fazer ou ser tudo que desejar... Podemos ter qualquer coisa que desejamos”.[2] O senso comum responde: “Obrigado, mas não quero!” Contudo, milhões de pessoas que estão sendo apresentadas a O Segredo ficam excitadas e ansiosas para fazer com que isso funcione para elas.
As mentiras fundamentais são basicamente: não existe um Deus pessoal que criou o Universo e faz leis que os homens devem obedecer. O Universo sempre esteve aqui e nós o criamos com as nossas mentes, através de inúmeras leis ocultas, as quais existem para realizar nossos desejos egoístas. Uma das mais indutivas é “a lei da atração”. Qualquer pensamento (saúde, riqueza, desastre, lucro, perda, dor, alegria, etc.) que você mantém em sua mente pode ser atraído como uma realidade em sua vida. Somos todos deuses e criamos nossos destinos individuais com os nossos pensamentos.
A amoralidade do Segredo deveria ser evidente a alguém que pára para pensar. Hitler já não seria mais responsável pelo Holocausto do que suas vítimas, as quais o criaram coletivamente em suas mentes. O mesmo se deu com o Titanic, com a queda de qualquer avião e com as vítimas de qualquer assassinato.
O livro e o DVD se baseiam em nada mais que as declarações de uma porção de supostos peritos na área da motivação, do sucesso e do pensamento positivo. Quem são eles? São “os mestres não alinhados, os trans-religiosos progressistas... os luminares espirituais... os mestres da metafísica espiritual... o dominador do Feng Shui, os líderes bem-sucedidos nos negócios... os fundadores do movimento do Novo Pensamento... um mensageiro espiritual dos tempos modernos, e assim por diante”. Certamente eles não pertencem à mesma classe de Jesus Cristo, o qual comprovou Sua Divindade com a própria vida sem pecado e com os Seus milagres, morreu pelos nossos pecados e ressuscitou dos mortos. Os “peritos” citados e apresentados em O Segredo não fazem parte de um grupo em cujas mãos alguém pudesse entregar a sua vida e muito menos o seu destino eterno.
Segundo o livro, qualquer pensamento (saúde, riqueza, desastre, lucro, perda, dor, alegria, etc.) que você mantém em sua mente poderia ser atraído como uma realidade em sua vida. A amoralidade do Segredo deveria ser evidente a alguém que pára para pensar. Hitler já não seria mais responsável pelo Holocausto do que suas vítimas, as quais o criaram coletivamente em suas mentes. O mesmo se deu com o Titanic, com a queda de qualquer avião e com as vítimas de qualquer assassinato.
No livro e no DVD, como num disco defeituoso, repete-se constantemente a mentira atraente, apesar de evidente: “Não existe coisa alguma que você não possa fazer com esse conhecimento... Se você mentalizar isso, vai tê-lo à mão... Você cria sua vida com os seus pensamentos... Seus pensamentos são sementes e a colheita que você fará vai depender das sementes que você plantar... Sua vida está em suas mãos... Você vai realizar o que você pensar... Você vai atrair tudo que exigir. Se for de dinheiro que precisa, você irá atraí-lo... Exatamente como o gênio de Aladim, a lei da atração realiza cada comando nosso... No momento em que você começar a ‘pensar adequadamente’... Esse poder dentro de você, o qual é maior do que o mundo... vai tomar conta de sua vida... alimentar, vestir, guiar, proteger, dirigir e sustentar você em sua própria existência... Se você o permitir. É isso o que sei, com certeza”.
Ora, o que eu sei com certeza é: enquanto os indivíduos históricos nomeados e citados no livro e no DVD conseguiram algumas posses materiais e sucesso, todos eles fracassaram no que é muito mais importante, a saúde. Sim, a maioria, porém não todos, manteve um nível satisfatório de saúde durante suas breves existências, porém a saúde de cada um deles finalmente fracassou. Uma das marcas de fracasso que todos eles compartilharam foi que todos morreram. No final, o Segredo não pôde mantê-los vivos, embora eles tivessem tentado cada técnica por ele oferecida. E esses proponentes do Segredo que ainda estão vivos certamente vão sofrer a mesma sorte.
Segundo o que todos esses mestres do Segredo declaram com grande confiança, eles jamais deveriam morrer. Se o Segredo fosse verdade e eles aplicassem devidamente o ensino: “O Segredo pode lhe dar tudo que você desejar”, eles ainda deveriam estar vivos. De fato, nenhum desses mestres do Segredo excedeu sequer a expectativa normal de vida – o que certamente teriam conseguido, caso o Segredo realmente funcionasse. O fato óbvio é que o Segredo é um engodo que oferece uma falsa esperança, o qual continua a enganar a humanidade – aliás, uma esperança inescrupulosamente amoral.
Vamos avaliar rapidamente alguns desses “mestres do Segredo”:
Ralph Waldo Emerson – é um dos mais altamente louvados. Ele declarou: “O Segredo é a resposta a tudo que tem existido e a tudo que ainda existirá”. Mas Emerson viveu num estado precário de saúde e de necessidades financeiras em seus últimos anos de vida. Morreu aos 79 anos de idade. Certamente ele gostaria de ter vivido mais tempo, com uma vida mais saudável e mais feliz. Por que, então, ele não conseguiu, com os seus pensamentos, e com a “lei da atração”, tudo que realmente desejava? Pela mesma razão porque ninguém jamais o conseguiu: o Segredo é uma mentira de Satanás, “o pai da mentira” (João 8.44). O Diabo mantém os que nele acreditam afastados da fé no Deus verdadeiro e na salvação que Ele outorgou aos pecadores, através do sacrifício de Cristo na cruz, pelos pecados de toda a humanidade.
Prentice Mulford – outro dos supostos mestres do Segredo, fundador do movimento do Novo Pensamento, o qual se embasa na mesma ilusão. Ele disse que existe uma mente material e uma mente espiritual, uma inferior e outra superior, e que a última capta os pensamentos do “Poder Supremo”. Só que esse tal “Poder” falhou na sua vida. Ele lhe deu o pensamento de que Mulford deveria tornar-se membro da Assembléia Estadual da Califórnia. Mulford até se candidatou, mas perdeu a eleição. Por que os seus pensamentos não realizaram o seu desejo? O Segredo e o Novo Pensamento, sua cópia exata, não funcionaram com ele, um dos “peritos” apresentados como exemplo no livro e no DVD. Finalmente, o Segredo fracassou totalmente com relação a Mulford, que faleceu aos 57 anos de idade – certamente uma vida muito mais curta do que ele desejava ter vivido.
Wallace Wattles – um diligente estudioso do Segredo durante a maior parte de sua breve existência, outro fundador do movimento do Novo Pensamento. Seu livro mais famoso foi “A Ciência de Ficar Rico”, contudo, ele viveu a maior parte de sua vida na pobreza. Essa sua maior realização foi publicada em 1910. Wattle faleceu em 1911, aos 51 anos de idade. Será que ele não desejava viver mais tempo para ver o sucesso do seu livro e para poder escrever mais sobre as maravilhas benéficas do Segredo, embora este tenha falhado com ele? Mesmo assim, Wattles não pôde acrescentar um minuto sequer à sua vida. Para ele, um dos principais proponentes, o Segredo não funcionou.
O livro e o DVD também contêm erros factuais. Há a declaração de que, por terem aplicado o Segredo, os “babilônios se tornaram uma das raças mais ricas da história”. Não! Foi através do seu poderio militar, ao custo de muitas vidas, da tortura e da escravização de multidões de vítimas. A Babilônia foi um dos impérios mais cruéis da história. Será que isso recomenda O Segredo? Felizmente, a Babilônia já não existe. Por que ela caiu? Será que o Segredo fracassou com os babilônios? Ou será que eles não souberam aplicá-lo devidamente? A evidência é esmagadora: o Segredo é uma mentira!
A ilusão de que a realidade pode ser criada pela mente tem continuado a oferecer falsa esperança à humanidade, durante milhares de anos. Esse é o ensino padrão da Ciência da Mente, da Igreja da Ciência Religiosa, da Escola Unitariana de Cristianismo, do Novo Pensamento e das seitas da Ciência da Mente. Contudo, ela jamais havia sido embalada antes de maneira tão atraente, nem havia sido tão promovida ao público em geral como em O Segredo. A desilusão de multidões se seguirá.
A maior parte da rápida difusão da nova apresentação do antigo e bem conhecido Segredo é devida a Larry King e a Oprah Winfrey. Milhões de fãs [desses dois apresentadores de rádio e TV] têm comprado o livro e o DVD. Em 5/4/2007, Oprah Winfrey discutiu o Segredo com supostas entidades não-físicas, “canalizadas” pela promotora de O Segredo – Esther Ricks. Como já mostramos muitas vezes, a chamada “comunicação espiritual” com os mortos, a qual costuma acontecer nas “sessões espíritas” (estritamente proibidas na Bíblia como sendo manifestações demoníacas, segundo Deuteronômio 18.11 e Levítico 20.6), agora é chamada de “canalização” e há muito tem sido promovida no rádio e na TV.
Qualquer pessoa com uma ínfima parcela de senso comum iria reconhecer muitos problemas morais e práticos com O Segredo. O que ele promove é completamente amoral e auto-centrado. “A ‘lei [da atração]’ corresponde aos seus pensamentos, não importa quais sejam eles... Pessoas têm conseguido riqueza em suas vidas... alimentar pensamentos de abundância e riqueza... nada mais existe em suas mentes... Você vai sentir-se bem com o dinheiro, para atrair mais para você... Comece a dizer e a sentir: ‘eu sou um ímã do dinheiro”’ (a Bíblia diz que não o dinheiro em si, mas “o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males” – 1 Timóteo 6.10).
A ilusão de que a realidade pode ser criada pela mente tem continuado a oferecer falsa esperança à humanidade, durante milhares de anos. Esse é o ensino padrão da Ciência da Mente, da Igreja da Ciência Religiosa, da Escola Unitariana de Cristianismo, do Novo Pensamento e das seitas da Ciência da Mente.
E o amor altruísta, a ternura, a misericórdia, a bondade, a caridade, a compaixão e a generosidade compartilhados com os outros? Tais pensamentos poderiam interferir com o objetivo singular da mente para atrair riqueza para si. O Segredo, acreditado e aplicado, só pode ajudar a aumentar o egoísmo daqueles que o aplicam, levando-os a conflitos entre eles.
Digamos que Fulano acredita que o Segredo vai lhe dar qualquer coisa desejada. Querendo ser o presidente da Empresa X, onde trabalha, e usando “a lei da atração” para conseguir o que deseja, Fulano mantém na mente o pensamento: “Sou o presidente da Empresa X”. Será que os pensamentos dele poderão expulsar o presidente em exercício e colocá-lo no lugar deste? Suponhamos que haja outras vinte pessoas ambiciosas e avarentas, dos trabalhadores até os porteiros, das secretárias e dos contadores até o vice-presidente, todos desejando ser o presidente da Empresa X, cada um deles confiando na ‘lei da atração’ de o Segredo, a fim de conseguir realizar o seu objetivo. Digamos que cada um deles visualize estar por trás da grande mesa do presidente em seu requintado escritório. Será que o Segredo vai transformar, simultaneamente, cada um deles em presidente? Quem vai ganhar essa batalha de mentes nessa competição que o antigo, amoral e suposto Segredo tem produzido?
Lisa Nichols, uma das pessoas citadas no livro, supostamente bem-sucedida entre os praticantes dos princípios ocultistas, é descrita como uma “poderosa defensora da capacidade pessoal” – mais egoísmo. Ela diz: “Graças a Deus existe um atraso no tempo, para que todos os seus pensamentos não se realizem imediatamente”.[3] A que Deus ela se refere? Onde se encaixaria Deus em um Universo que Ele não criou e nem controla, o qual está sendo continuamente recriado pelos pensamentos humanos – Universo que permanece sempre pronto a dar à humanidade qualquer coisa desejada pelos seus desejos egoístas?
Os defensores do Segredo e do Novo Pensamento não acreditam no Deus pessoal e vivo da Bíblia, que exige do homem amor e submissão à Sua vontade. O deus deles é impessoal, um tipo de “a Força” de Guerra nas Estrelas ou Mente Universal, que não se preocupa com os seus e existe exclusivamente para lhes dar o que desejarem. Joe Vitale é outro dos peritos praticantes do Segredo, citado no livro e no DVD. No programa “Larry King Live” alguém telefonou, indagando: “Estou muito curioso para saber onde Deus entra em O Segredo”. Vitale respondeu: “Deus é todos nós. Deus é o segredo de tudo sobre ele. Essa é uma lei de Deus”.[4] Evidentemente, essa é a mesma tolice da antiga religião do panteísmo: você é Deus, eu sou Deus, a árvore é Deus, tudo é Deus. Então, Deus é tanto o bem como o mal, é a morte bem como a vida, sem moral alguma, etc. Se tudo é “Deus”, então “Deus” nada significa. O panteísmo realmente é ateísmo.
Digamos que Fulano acredita que o Segredo vai lhe dar qualquer coisa desejada. Querendo ser o presidente da Empresa X, onde trabalha, e usando “a lei da atração” para conseguir o que deseja, Fulano mantém na mente o pensamento: “Sou o presidente da Empresa X”. Será que os pensamentos dele poderão expulsar o presidente em exercício e colocá-lo no lugar deste?
Outra antiga técnica ocultista usada pelos xamãs durante milhares de anos é a visualização: a crença de que um quadro mental firmemente mantido no pensamento finalmente se manifestará no universo físico. É claro que isso também é um engodo. Ninguém tem sido capaz de demonstrar essa capacidade. Se todos nós tivéssemos o que o Segredo promete, nossa existência seria aterrorizante, com bilhões de Dart Vaders e de Obe Wan Kenobies destruindo-se mutuamente através do poder da mente.
Muitos cristãos, como temos visto, ensinam basicamente o mesmo ocultismo transmitido a C.G. Jung por “espíritos familiares” (veja 1 Samuel 28.9ss.; Isaías 8.19). Yonggi Cho tem ensinado e praticado o mesmo há anos, do mesmo modo que numerosos psicólogos cristãos e líderes carismáticos. A visualização para criar sua própria realidade foi o cerne de tudo que Norman Vincent Peale ensinou e praticou: “A idéia de criar imagens mentais... esteve implícita em todas as minhas palestras e no que escrevi”.[5] Há muito tempo Robert Schuller tem ensinado o mesmo ocultismo: “Tenho praticado e utilizado o poder do olho interior e ele funciona... Há trinta anos começamos com a visão de uma igreja. Tudo tornou-se realidade”.[6]
Cho, pastor da maior igreja do mundo, afirma que o Espírito Santo lhe disse que ele devia visualizar um quadro claro daquilo que estava pedindo, ou então a sua oração não seria atendida. Mas tudo que Cho pôde manter na mente foi um grosseiro esboço do que ele desejava. Ele não podia “ver” nem imaginar a estrutura atômica desses objetos, que eram a sua realidade subjacente.
Qualquer pessoa que esteja disposta a acreditar que a humanidade cria o Universo com os pensamentos coletivos (ou que qualquer indivíduo pode trazer à existência, através da visualização, qualquer coisa que faça parte da experiência diária), entregou-se voluntariamente a Satanás, ficando suscetível a qualquer outra mentira que ele ofereça. Obviamente, o Universo já existia antes do homem. Acreditar que a vasta extensão do Cosmo, com seus trilhões de estrelas e luas, as quais o homem jamais viu, incluindo as muitas partículas subatômicas que ninguém pode sequer imaginar, está sendo criado e mantido em ordem pelos pensamentos coletivos da humanidade, é cometer suicídio intelectual, moral e espiritual.
Os que acreditam nessas mentiras que O Segredo oferece têm deliberadamente abandonado o Deus verdadeiro, que se revelou em cada consciência e no Universo que Ele criou. Eles entregaram-se à ilusão demoníaca, que os conduzirá à eterna separação de Deus, que os ama, e de Cristo, que morreu para redimi-los. Vamos resgatar tantos quantos pudermos! (Dave Hunt – TBC, http://www.chamada.com.br)