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terça-feira, 14 de junho de 2011

SUCESSORES FALÍVEIS DE CONSTANTINO

Papas da igreja católica
     Quando o imperador Constantino supostamente tornou-se cristão, no ano 313( algo que na verdade, foi uma astuta manobra política), deu liberdade aos cristão e deu status oficial ao cristianismo conjuntamente com o paganismo. Uma vez que a igreja agora se tornou uma instituição religiosa absorvida pelo império, Constantino, como imperador precisava ser reconhecido como seu lider de fato. E como tal, ele convocou o primeiro concílio ecumênico, o de Nicéia, em 325, estabeleceu os assuntos a serem tratados, fez o discurso de abertura e o presidiu, não estando interessado na verdade do evangelho, mas sim na unificação do seu império. Carlos Magno fez algo semelhante no concílio de Chalon, 500 anos mais tarde. Constantino foi o primeiro ecumenista e introduziu o erro numa igreja cristã já cansada de tanta perseguição.  Ao mesmo tempo em que dirigia a igreja cristã, continuava encabeçando o sacerdocio pagão, celebrando cerimônias pagãs  e endossando a edificação de yemplos pagãos. Como chefe do sacerdocio pagão, ele era  o PONTIFEX MAXIMUS (sumo pontífice) e precisava de um título semelhante como cabeça da igreja cristã. Os cristãos o honrariam com o título de BISPOS DOS BISPOS, enquanto Constantino preferiu dar a si mesmo o título de VICARIUS CHRISTI(vigário de Cristo). Ele queria dizer que era outro Cristo, agindo no lugar de Cristo. Quando traduzido para o  grego, podemos ver que vicarius christi significa literalmente  ANTICRISTO.  Na idade media os bispos de Roma começaram a afirmar que eram os novos representantes de Cristo na terra.
     Exigindo que a igreja do mundo inteiro ficasse sujeita ao seu governo, proibiram qualquer bispo de ser chamado PAPA(papai)  e tomaram para si os três títulos de Constantino: PONTIFEX MAXIMUS, VICARIUS CHRISTI E BISPOS DOS BISPOS, títulos que usam até hoje. A roma pagã  transformou em esporte práticas de atirar pessoas aos leões, queima-las vivas e os muitos outros modos como foram mortos milhares de cristã e não poucos judeus.  Ainda assim a Roma cristã exterminou muito mais, tanto de cristãos como de judeus. Isso ocorreu porque eles simplesmente recusaram alinhar-se com a igreja católica romana, com sua corrupção, dogmas e práticas heréticas. Por seguirem a Cristo foram, amaldiçoados, caçados, aprisionados, torturados, e assassinados. O papa Nicolau I(858-867) declarou: " Somente nós [os papas] temos o poder de prender e soltar, de absolver Nero e condená-lo, e os cristãos não podem, sob pena de excomunhão, executar outro julgamento senão o nosso , o qual é infalível". Os lideres supremos do catolicismo começaram a usar títulos como:" Supremo governante do mundo", rei dos reis".  Outros afirmaram ser "Deus na terra", outro até mesmo" O redentor", asseveraram que " Jesus colocou os papas no mesmo nível de Deus".
     Thomas Hobles disse: " O papado nada mais é do que o fantasma do finado império romano, sentado sobre o seu túmulo com a coroa na cabeça.
     O TRIUNFO DA SANTA SÉ E DA IGREJA SOBRE OS ATAQUES DOS INOVADORES, escrito pelo papa Gregorio XVI(1831-1846), Sua tese principal era que os papas deviam ser infaliveis para assumir o ofício de um verdadeiro monarca. Como senhores absolutos sobre a igreja e o estado, Gregório rejeitou a liberdade de consciência não apenas dentro da igreja, mas na sociedade com um todo, chamando-a de "um conceito falso e absurdo". Pio IX, o sucessor de Gregório tinha o mesmo pensamento. Pio IX, baseou-se na fraude(falsos decretos) para pressionar os bispos requerendo que eles fizessem  da infalibilidade papal um dogma oficial no Vaticano I(embora ela já fosse conhecida por três  séculos). Com respeito a infalibilidade papal, os bispos sabiam que jamais havia sido aceita pela igreja católica e que foram negada repetidas vezes. Muitos bispos se opuseram fortemente à afirmação da infalibilidade papal. Alguns se retiraram em protesto antes que a votação final ocorresse. O bispo Lecourtier ficou tão desgostoso com a fraude que jogou seus documentos conciliares dentro do tibre e abandonou Roma. Por esse motivo foi removido de sua diocese.  Quando o concílio começou , os favoraveis à infalibilidade eram uma pequena minoria. Os bispos contrario a infalibilidade , que aparecessem eram praticamente prisioneiros. Os bispos foram proibidos, so pena de pecado mortal,de dizer qualquer coisa sobre o que havia acontecido no grande salão onde o concilio se reunia. A pressão era sentida muito mais, pelos bispos que dependiam financeiramente do Vaticano.
     Muitos sentiam como se tivessem com a faca no pescoço, forçando-os aprovar o que a vasta maioria, rejeitava. Von Dollinger, historiador e teologo catolico, em seu trabalho monumental[o papa e o concílio], publicado logo antes do Vaticano I, foi imediatamente colocado na lista dos livros proibidos. Pio IX não podia permitir que os bispos lessem fatos da história como estes:
     Tertuliano, Cipriano, Latãncio,  nada sabem da prerrogativa especial do papa ou de qualquer outro que tenha o direito mais elevado e supremo de decidir em assuntos de doutrina.  Nos escritos dos doutores gregos , Eusébio, São Atanásio, São basílio, o grande, os dois Gregorios e São Estefânio, não há uma palavra sequer de quaisquer prerrogativas ao bispo de Roma. O mais copioso dos pais gregos, São crisóstomo, silência completamente sobre este assunto, e assim acontece com os dois Cirilos. Igualmente ficaram calados os latinos, Hilário, Paco e Zeno, Lúcifer, Suplicio e São Ambrósio...
     Santo Agostinho escreveu mais sobre a igreja, sua unidade e autoridade do que todos os papas juntos...Ele se utiliza de todo o tipo de argumento para mostra que os donatistas são obrigados a voltar à igreja, mas, mesmo sendo um deles, nada sabe sobre o TRONO PAPAL.
     O bispo Joseph Hefele de Rottenburg, um ex-professor de história da igreja, dirigiu estas palavras ao concilio vaticano I: " Perdoem se falo de modo simples: estou bastante familiarizado com as fontes de documentos antigos da história e ensino da igreja, como os escritos dos pais e os atos dos concílios, de modo que posso asseverar... Eu os tive em minhas mãos noite e dia. Mas jamais vi em um desses documentos a doutrina [ da infalibilidade papal de fonte confiável]".  Hasler vai mais adiante em seu argumento: [o arcebispo] Thomas Connoly...de Halifax, nova Escócia[ provincia do Canadá] viera a Roma como um adepto convicto da infalibilidade. Depois de um estudo profundo ele tornou-se um dos seus oponentes declarados. Repetidas vezes desafiou os infalibilistas no saguão do concilio para que apresentassem textos claros dos três primeiros séculos - sempre em vão.  Von Dollinger, uma das maiores autoridades em história da igreja naquele tempo,  concordava plenamente com Hefele. ''Nenhuma das antigas confissões de fé, nenhum catecismo, nenhum dos escritos patristicos compostos para instruir o povo, contem uma silaba sobre o papa, muito menos uma sugestão de que toda declaração de fé e doutrina depende dele". Durante os primeiros 1000 anos da história da igreja nenhuma questão de doutrina jamais foi decidida pelo papa. É fato historico e inegável que, durante muito séculos depois de Cristo , a igreja não tinha noção alguma de que o bispo de Roma tivesse a última palavra em todas as disputas ou que ele fosse infalível. O bispo Dupanloup declarou em 15 de Abril de 1870, que vários bispos lhe havia dito: "Eu preferiria morrer a presenciar isso".
     No dia 18 de junho, ultimo dia do concílio, houve apenas 535 votos pelo sim, menos da metade dos 1.084 membros originais aptos a votar. Mesmo assim os jornais do Vaticano escreveram muito sobre o assunto, como se tivesse sido uma decisão unânime. Através de ameaças de demissão, perda de emprego e outras pressões, o papa finalmente conseguia a submissão dos que se opunham a infalibilidade, a qual se tornara dogma da igreja católica.
     POMPA E ADULAÇÃO
     Como diz Peter de Rosa:
     A partir da doação de Constantino, fica claro que os bispos de Roma pareciam Constantino, viviam como ele, vestiam-se como ele, habitavam seus palácios, governavam sobre suas. Tinham exatamente a mesma visão imperial. O papa desejava governar sobre a igreja e o estado. Apenas 700 anos após a morte de Pedro os papas haviam se tornado obcecados por poderes e possessões. Os [supostos] sucessores de Pedro[tornaram-se] não os servos ma os senhores do mundo.Eles se vestiam de púrpura como Nero e chamavam a si mesmos de PONTIFEX MAXIMUS. (DE ROSA, op.cit.,pp.34,35).
     SUCESSORES DE PEDRO?
   Após a confição de fé de Pedro, ele[Cristo] determinou que sobre ele construiria a sua igreja, a ele prometeu as chaves do do reino dos céus.(VATICANO II).
     Como os pais da igreja(lideres da igreja até o papa Gregório, o grande , que morreu em 604)  interpretavam eata passagem? para estar de acordo com o ensino unânime dos pais da igreja, um católico teria de rejeitar o dogma que Pedro foi o primeiro papa,  que ele era infalivel e que transmitiu sua autoridade a sucessores.  O historiador catolico Von Dollinger lembra fatos inegáveis: De todos os pais que interpretam estas  passagens nos Evangelhos(Mateus,16:18, João 21:17) nenhum as aplica ao bispo de Roma como sucessor de Pedro. Quantos pais se ocuparam com estes textos, mas nenhum daqueles cujos comentários possuimos- Orígenes, Crisóstomo, Hilário, Agostinho, Cirilo, Teodoro e aqueles cujas interpretações são coletadas as centenas - têm sequer insinuado que o primado de Roma é a consequência da comissão e promessa feita a Pedro!  Nenhum deles explicou que a pedra fundamental sobre o qual Cristo construiria  a sua igreja seria o ofício dado a Pedro que devia ser transmitido aos seus sucessores, mas entenderam que se tratava do próprio CRISTO ou da confissão de FÉ  de Pedro sobre CRISTO;  muitas vezes afirmando  que eram as duas coisas juntas. Ao contrario do que a maioria dos catolicos tem aprendido, os pais da igreja catolica romana posicionaram-se unanimimente contra a interpretação catolica atual.
     Outros historiadores cátolicos concordam com Von Dollinger. Peter de Rosa, também católico devoto,, contesta a supremacia e a linha contínua de sucessão papal desde de Pedro:
     Pode ser um choque para eles[católicos] saber que os grandes pais da igreja não viam conexão alguma entre a declaração[Mateus 16:18] e o papa. Nenhum deles aplicava "Tu es Pedro" a ninguém mais senão a Pedro. Um após outro, todos analisaram-na: Cipriano, Origenes, Cirilo, Hilário, Jerônimo, Ambrósio, Agostinho. E eles não são protestantes. Nenhum deles chama o bispo de Roma de Pedra ou aplica especificamente a ele a promessa das chaves do reino. Para os pais é a fé de Pedro - ou o Senhor em quem Pedro deposita su fé, que é chamado de PEDRA e não Pedro.  Todos os concilios da igreja, de Nicéia,no século IV, ao de Constancia, no seculo XV, concordam que o próprio Cristo é o único fundamento  da igreja, ito é , a pedra sobre a qual a igreja se sustém.  A igreja primitiva não para Pedro como bispo de Roma, nem , por conseguinte, pensava que todo bispo de roma seria o seu sucessor. Os evangelhos não criaram o papado, porém o papado buscou apoio nos evangelhos[ mesmo que isso não seja possível]
     SUCESSORES DE IMPERADORES
     Lembre-se que nos primeiros tempos da igreja a infalibilidade não era atribuida ao bispo de Roma, mas ao seu sucessor, o imperador. O papa Leão I (440-461), por exemplo, concedeu a um imperador incrédulo a mesma infalibilidade que Pio IX persuadiu os membros do Vaticano I a declararem ter sido sempre o poder exclusivo dos papas. Leão I disse: " Pela inspiração do Espirito Santo o imperador não necessita de instrução humana e é incapaz de cometer erros doutrinarios". Hoje os papas que ostentam os títulos de Constantino  e desfrutam de suas regalias são seus sucessores legítimos e não os  sucessores de Pedro. Segundo Peter de Rosa: Mesmo o bispo de Roma, que não foi chamado de papa por muitos séculos, era em comparação[ com Constantino] , uma pessoa sem importância. Em termos civis um vassalo do imperador; em termos espirituais , quando comparado a Constantino, era um bispo de segunda classe. A história desses bispos[papas], mostram que de fato eles são sucessores de Contantino.